Dezembro Laranja! O corpo fala: cuide da sua pele
Após o Outubro Rosa e Novembro Azul, agora é a vez de o Dezembro Laranja. E o objetivo é chamar a atenção para o câncer de pele. Você sabia que ele corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil? Vamos aproveitar o mês da campanha e o início do verão para falar sobre a doença e como se prevenir. O melhor tratamento é a prevenção e isto é muito fácil de fazer.
O que é e como se desenvolve o câncer de pele?
O câncer de pele é causado por células da pele que passaram por alguma transformação e começam a se multiplicar, criando um tecido doente, conhecido como tumor. Existem diferentes tipos de câncer de pele.
Em nosso país 25% dos tumores malignos registrados são de câncer de pele. Apesar do número, ele tem alta chance de cura se for diagnosticado precocemente. Entre os tipos de câncer de pele temos os melanomas e os que não são melanomas – que são os mais comuns mas também com menor registro de mortalidade. Vamos entender a diferença entre ambos:
Não-melanoma
O câncer de pele é mais comum entre pessoas com 40 anos ou mais, sendo raro em crianças e pessoas com pele negra – exceto aqueles já portadores de doenças cutâneas anteriores. As principais vítimas são pessoas de pele clara e sensíveis à exposição solar e/ou com doenças de pele prévias.
Como a pele é não é exatamente igual em todo o nosso corpo, este tipo de câncer de pele pode se apresentar de diferentes formas e tipos. Os mais comum é o carcinoma basocelular, também conhecido como CBC e que representam 70% dos casos e é menos agressivo.
Melanoma
O melanoma cutâneo é um tipo de câncer de pele que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e geralmente aparece em adultos brancos. Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil, o melanoma representa apenas 4% das neoplasias malignas da pele. Porém é também o mais grave e tem alta possibilidade de metástase.
É fundamental o fazer o diagnóstico bem cedo, é isto que faz a diferença na cura do melanoma.. Nos últimos anos houve uma grande melhora diagnóstico e tratamento do melanoma e isto aumentou a chance de cura e sobrevida dos pacientes e para isto é muito importante a detecção precoce do tumor.
Quais os fatores de risco para o câncer de pele?
Há diferentes fatores que aumentam as chances de ter a doença. Coloco abaixo os principais:
1) Exposição ao sol: Quem toma muito sol ao longo da vida tem maior chance de ter câncer de pele. Isso porque a exposição solar sem proteção adequada agride muito mais a pele, causando alterações celulares. Atenção: quanto mais queimaduras solares a pessoa sofreu durante a vida, maior é o risco de ela ter um câncer de pele. O efeito de radiação do sol na pele é acumulativo e para o resto da vida.
2) Características da pele: Os clarinhos que se cuidem: pessoas com a pele, cabelos e olhos claros têm mais chances de sofrer câncer de pele. Outros grupos de maior risco são quem tem sardas pelo corpo ou é albino. Uma pele que sempre se queima e nunca bronzeia quando exposta ao sol também também corre mais risco. Outro ponto de atenção é para quem tem muitas pintas (sinais) pelo corpo: fique sempre atento a qualquer mudança, como aparecimento de novas pintas ou alterações na cor e formato daquelas que já existem.
3) Idade e sexo: O câncer de pele aparece normalmente em adultos a partir dos 40 anos, uma vez que quanto mais avançada a idade maior é o tempo de exposição solar daquela pele. E atenção homens: esse câncer atinge mais o sexo masculino do que as mulheres.
4) Histórico na família: O câncer de pele é mais comum em pessoas que têm antecedentes familiares da doença. Para quem tem histórico na família – e principalmente se tem outros fatores de risco -, o ideal é ter acompanhamento frequente de um dermatologista.
5) Histórico pessoal: Pessoas que já tiveram um câncer de pele ou uma lesão pré-cancerosa anteriormente têm mais chances de sofrer com o tumor. Caso a pessoa já tenha sido tratada para um determinado tipo de câncer de pele e ele retorna, o processo é chamado de recidiva.
6) Imunidade enfraquecida: Pessoas com o sistema imunológico enfraquecido têm um risco aumentado de câncer de pele. Isso inclui as pessoas que têm a leucemia ou linfoma, pacientes que tomam medicamentos que suprimem o sistema imunológico, ou então aqueles que foram submetidos a transplantes de órgãos.
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