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Veganismo: muito além de não comer carne

por Larissa Macena

Nesta quarta-feira, 01 de novembro, é comemorado o Dia Mundial do Veganismo

Foto: KamranAydinov no Freepik

O Dia Mundial do Veganismo, comemorado nesta quarta-feira (01), foi criado no ano de 1994, por Louise Wallis, em comemoração aos 50 anos de fundação da Sociedade Vegana do Reino Unido, fundada em 1944.

O veganismo é um estilo de vida que tem como propósito não apoiar a exploração, o confinamento e o abate de animais, valorizando seus direitos e bem-estar. Além de ter o objetivo de proteção do meio ambiente e a saúde dos seres humanos.

Na prática, o estilo de vida vegano dispensa todos os produtos derivados de animais:

  • Não comer carnes de todas as cores e tipos, ou alimentos de origem animal ou que contenham qualquer resíduo: leites, queijos, manteiga, salsichas, ovos, albumina, mel, banha, corante cochonilha, gelatina, etc;
  • Não vestir roupas ou sapatos feitos de partes dos corpos de animais: couro, seda, lã, etc;
  • Evitar o consumo de cosméticos e medicamentos testados em animais ou que contenham componentes animais na formulação: sabonetes feitos de glicerina animal, maquiagem contendo cera de abelha, xampu com tutano de boi, etc;
  • Não apoiar diversões contendo exploração animal, como rodeio, circo com animais, rinhas, etc;
  • Profissionalmente, não trabalhar com exploração animal (vivo ou morto), como venda de animais em pet shop, lojas de aquário ou gaiolas para passarinhos, venda de qualquer produto que contenha derivado animal (p.ex. bolsas e sapatos de couro), restaurante que utilize animais ou seus resíduos corporais como comida, dentre outras atividades.

A alimentação vegana é baseada em consumo de cereais, frutas, legumes, vegetais, hortaliças, algas, cogumelos e qualquer produto, industrializado ou não, que não contenha qualquer ingrediente de origem animal. Muitos questionamentos surgem sobre se os adeptos ao veganismo tem que fazer a suplementação de vitaminas, a Nutricionista Tanara Pastore, explica que: “Se for uma alimentação bem equilibrada, que tenha um acompanhamento, a pessoa não vai ter nenhuma deficiência nutricional. ”

Outro ponto que também gerar dúvidas é se todos podem ser veganos, a Tanara nos respondeu que sim, e explicou: “o Veganismo e o vegetarianismo é possível em todas as fases da vida, seja na introdução alimentar, infância, adultos e na fase idosa, e gestantes, todo mundo pode ser vegano se o plano alimentar for equilibrado, mas isso também é o mesmo para uma pessoa que consome carne”.

Todas as pessoas podem ser veganas. A Academia de Nutrição e Dietética (a maior associação de nutricionistas e peritos em dietética de todo o mundo) reconhece que uma dieta vegana é saudável em todos os estágios da vida. Isso também é mostrado pelo fato de que milhões de pessoas já escolheram viver suas vidas sem nenhum produto de origem animal. Todos nós podemos – você também pode. Ao fazê-lo, você se tornará parte da solução para alcançar um mundo mais justo para todos os animais. Todos nós podemos viver de uma maneira ética decidindo viver de maneira vegana. Junte-se às milhões de pessoas que apoiam e defendem os animais.

Qual a diferença entre vegano e vegetariano?

Veganismo é um estilo de vida, que vai além da alimentação. Não consomem carne ou derivados, e não usam nada de origem animal, seja na alimentação, vestuário ou outras esferas do consumo.

Já os vegetarianos são um grupo de pessoas que tem como escolha alimentar de não consumir os produtos de origem animal de seu cardápio.  Dentro deste grupo, existem outros grupos como: Ovolactovegetarianismo que utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação; Lactovegetarianismo que utiliza leite e laticínios na sua alimentação; Ovovegetarianismo que utiliza ovos na sua alimentação; Vegetarianismo estrito que não utiliza nenhum produto de origem animal na sua alimentação; Alimentação vegana que não utiliza nenhum tipo de produto/insumo de origem animal e que nenhum deles tenha sido testado em animais; e a Alimentação Plant Based que é 100% vegetal (exclui todos os ingredientes de origem animal) e prioriza os alimentos mais naturais e íntegros (também conhecida como whole food plant based diet).

Dicas para se tornar um vegano

Para quem quer adotar o estilho de vida vegano, mas ainda come carne, a Nutricionaista Tanara Pastore deixou umas dicas. “Eu acho que o primeiro é respeitar o teu tempo, e fazer a transição aos poucos e com saúde. Justamente para tu não desistir.”

Reduzindo gradativamente a quantidade de proteína animal e aumentando a ingestão de leguminosas, que são ricas em proteínas, como grão de bico, soja ou feijão, o processo se torna mais fácil. Outra boa opção para diminuir o consumo de proteína animal é adotar o “Segunda Sem Carne", que é um programa mundial que incentiva o não consumo de proteína animal durante todo o dia e acontece sempre às segundas-feiras.

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