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Alerta para os perigos do tabaco e dos cigarros eletrônicos é reforçado no Dia Nacional de Combate ao Fumo

por Larissa Macena

O município de Veranópolis oferece grupos de apoio ao tabagismo

Foto: © Divulgação Ministério da Saúde

No dia 29 de agosto, foi celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, um dos principais causadores de câncer de pulmão. Esse tipo de câncer é o segundo mais comum em todo mundo, depois do câncer de mama. No Brasil, é o quarto em incidência, atrás dos cânceres de mama, próstata e intestino.

O município de Veranópolis possui o Grupo de Combate ao Tabagismo, ação realizada para pessoas que queiram deixar de fumar. Além de apoio médico, o grupo conta com farmacêutica, assistente social, enfermeira e psicóloga. A equipe possui treinamento padronizado pelo Ministério da Saúde.

Quem tiver interesse em participar dos encontros deve deixar seu nome e telefone na recepção do Posto de Saúde Central. No caso de dúvidas, basta entrar em contato pelo (54) 3441-1458.

O tabagismo e o cigarro eletrônico:

O tabagismo é o ato de se consumir cigarros ou outros produtos que contenham tabaco, cuja princípio ativo é a nicotina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, ou seja, uma epidemia generalizada, e como tal, precisa ser combatido.

Embora as frequentes campanhas de combate ao tabagismo tenham apresentado resultados positivos, com a redução no número de fumantes no país, o consumo de cigarros eletrônicos, especialmente por jovens, vem aumentando.  Esses cigarros são considerados Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), que funcionam à base de uma bateria que aquece uma solução líquida, produzindo um aerossol que é inalado pelo usuário. Essa solução é composta principalmente por nicotina, propilinoglicol ou glicerol e aditivos de sabor. De acordo com o Ministério da Saúde, estes produtos possuem também substâncias cancerígenas e com potencial explosivo, metais pesados, além de produtos utilizados na indústria alimentícia.

Dados do sistema Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, mostram que o número de brasileiros tabagistas caiu de 30% em 2000 para 9% em 2021. Por outro lado, o consumo de equipamentos eletrônicos aumentou no Brasil. Uma nova pesquisa realizada este ano pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) revelou que 2,2 milhões de adultos (1,4%) haviam consumido cigarros eletrônicos até 30 dias anteriores à pesquisa. Há seis anos, era 0,3% da população.

O Ministério da Saúde também destaca “que os cigarros eletrônicos são derivados do tabaco, e podemos sim dizer que eles são nocivos à saúde, diferentemente do que é pensado por grande parte dos usuários desses produtos”. Estes dispositivos são apresentados de uma forma diferente, com aromas e sabores agradáveis, porém, eles mascaram os seus malefícios.  

É importante destacar que a nicotina, princípio ativo do tabaco, que está presente em grande parte das soluções utilizadas nestes dispositivos, é caracterizada como uma droga psicoativa que pode causar dependência e apresentar danos pulmonares. A Organização Mundial de Saúde (OMS) salienta que todas as formas de tabaco são prejudiciais e não existe um nível seguro de exposição.

Assista aqui entrevista com a farmacêutica, Elisa Cristina Detoni Kasmirscki, coordenadora do Grupo de Tabagismo.

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