Uma grande parte da humanidade não é adepta à mudanças. Silenciosamente tentam deixar tudo como está. Alguns pensam que o tempo se encarrega de mudar o que precisa ser mudado. O tempo faz sua parte, sim. Mas a atitude é sempre uma ação humana. Protelar até é possível. Mas, um dia, as mudanças nos alcançam e quase nos obrigam a mudar. De nada adianta fugir ou se esconder. Faz parte da vida implementar transformações.

Quem está aberto às mudanças, experimenta novidades e estabelece dinamicidade ao existir. Essa flexibilidade contracena com todo o aparato que a acomodação cria e recria a cada dia. Algumas pessoas provam até o luto só em pensar na possibilidade de mudanças. Outros passam pelas mesmas ruas, vão sempre aos mesmos locais, pronunciam as mesmas palavras. Acontece que o tempo se esgotou: daqui para diante as transformações vão correr mais do que as pernas.

De um jeito ou de outro, todos serão alcançados pelas mudanças. Feliz de quem permite estar sempre mudando. Evidente que o essencial não sai da bagagem. O que tem o selo da eternidade deve acompanhar a trajetória. Deixe que as mudanças o alcance. Pare de correr. Elas não ferem o que faz parte da essência. Apenas renovam o que vai envelhecendo. Viver é acolher mudanças. Viver é reinventar-se para continuar agregando vida à vida. Tomara que muitos mudem o jeito de olhar, de abraçar, de sorrir. Afinal, o que é profundo precisa ser verdadeiramente intenso.

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