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Liturgia: Décimo Segundo Domingo do Tempo Comum

por João Romanini

O Senhor acalma as tempestades de nossa vida. Liturgia do Domingo 23/06/2024

Foto: Divulgação

O Senhor acalma as tempestades de nossa vida.

 

ACOLHIDA

Animador: Irmãos e irmãs, com alegria nos reunimos para celebrarmos nossa fé em Jesus Cristo. Ele é a nossa segurança diante dos perigos que o mundo nos apresenta. A fé em Jesus nos ajuda, atravessar as tempestades da vida, a vencer as adversidades e trilhar o caminho que nos conduz a Deus. Acompanhemos a procissão de entrada, cantando.

 

ATO PENITENCIAL

Presidente: Confiantes no amor misericordioso de Deus, supliquemos seu perdão.

- Por nossa prepotência, arrogância e autossuficiência, Senhor, tende piedade de nós.

- Por nossa falta de fé e confiança no Senhor, em seu auxílio e seu amor, Cristo, tende piedade de nós.

- Por nossa omissão em estender a mão ao necessitado, nosso irmão, Senhor, tende piedade de nós.

 

GLÓRIA

Animador: Demos glórias ao Deus Trindade pela força da fé que leva a superar adversidades e limites. Com vibração cantemos.

 

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura: Jó 38,1.8-11

Salmo Responsorial: Dai graças ao Senhor porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia.

Segunda Leitura: 2Cor 5,14-17

Evangelho: Mc 4,35-41

 

REFLEXÃO

- Em nossa vida pessoal, familiar e social, passamos por muitas turbulências, dificuldades, tempestades e dúvidas que perturbam nossa alma, nosso coração. Tempestades são fenômenos assustadores da natureza. Quem já viu ou teve que enfrentar uma tempestade sabe quanto ela amedronta. Nessas horas, pedimos socorro às forças dos céus, porque nos vemos pequenos e impotentes diante dela, e não há quem consiga acalmá-la a não ser Deus.

- Hoje na liturgia da Palavra, temos a imagem da tempestade, para falar-nos da força e do poder de Deus em nossa vida, desde que confiemos nele, pois para ele nada é impossível. A tempestade simboliza momentos de extrema dificuldade. Na primeira leitura vemos Deus, que fala com Jó do meio de uma tempestade, e no Evangelho, Jesus acalmando a tempestade que ameaçava afundar o barco dos discípulos. Ambas as alusões se referem a momentos difíceis.

- Jó, homem de fé e bem-sucedido em todos os sentidos: riqueza, família, saúde... De repente se vê privado de tudo, sem nada, na miséria extrema, restando-lhe apenas a fé que tinha em Deus. Essa fé foi sua “tábua de salvação”. Sem ela, e a grande paciência, não teria suportado, e nem recuperado a vida e as coisas que perdeu. Muitos, por muito menos, blasfemam contra Deus e se revoltam com a vida. Mas Jó permanece firme. Não que tenha sido fácil para ele, ou que ele tenha aceitado passivamente as desgraças que caíram sobre ele e sua família. Pelo contrário, discutiu com Deus, brigou com ele muitas vezes, mas não perdeu a fé. Sua vida foi envolta numa grande “tempestade”. Não existem técnicas humanas, para deter um mar revolto, uma onda gigante. Nessas horas, somente Deus para acalmar a tempestade. Diante da situação conturbada, violenta que Jó está vivendo, Deus fala. Fala do seu poder que é maior que as tempestades. Mostrou que é ele que coloca limite a tudo e permite que cheguemos até onde ele quiser, enfim, mostra a Jó que o seu sofrimento não é maior que o poder, o amor, e a misericórdia de Deus. Isso nos traz um conforto, uma esperança muito grande, e mostra que todo o sofrimento tem um fim, que nada é para sempre e que um dia as coisas vão melhorar, a tempestade vai passar. Tempestades são fenômenos passageiros. Cinco minutos de tempestade parecem uma eternidade, mas a eternidade pertence somente a Deus. Basta confiar e ele nos fará ver a bonança depois das tempestades.

- O Evangelho traz também uma situação de tempestade. Os discípulos estão no barco com Jesus, rumo à outra margem, e no meio da travessia começou a soprar um vento muito forte, fazendo com que as ondas entrassem no barco. Jesus estava no barco, mas na parte de traz e não no leme, por isso, o medo e a insegurança. O barco significa a missão. O mar representa os desafios dessa missão. Entrar no barco de Jesus significa assumir a missão com ele. Porém, há muitos que entram nessa barca, mas não tem consciência das responsabilidades que terão pela frente, dos desafios e adversidades a enfrentar. São aqueles que assumem o batismo como se fosse apenas um produto, ou algo mágico, sem compromisso. Quem pensa assim, entra numa “canoa furada” e vai pular fora dela tão logo a água comece a penetrar no seu interior. Ou então vai sofrer muito diante das tempestades, do revolto mar da vida. Foi isso que aconteceu aos discípulos. Embora fossem discípulos de Jesus, pessoas das quais se esperava um compromisso com ele, na hora da dificuldade, da tempestade, pensavam que Jesus estava dormindo. Não é Jesus que está dormindo. Somos nós que estamos dormindo, ou seja, acomodados, sem muita responsabilidade com o batismo que assumimos. Recebemos o batismo, mas não queremos compromisso com Deus, com a Igreja, nem com os irmãos. Além disso, entramos no barco, mas nem sempre deixamos que Deus o conduza. Queremos nós mesmos continuar no leme e deixamos Jesus no fundo, no convés. Quando precisamos dele, o chamamos. Tem muita gente que só procura Deus quando está em apuros. Mesmo assim, ele sempre vem em nosso socorro. Ele se importa conosco, mas não quer que sejamos tão medrosos. O medo mostra falta de confiança, falta de fé. Por isso, ele nos questiona: porque vocês são tão medrosos? Vocês ainda não tem fé? Por isso, é preciso rever nossa fé, nosso proceder, pois discípulos medrosos terão dificuldades de atravessar o mar, isto é, realizar nossa missão.

 

PRECES DA COMUNIDADE

Presidente: Apresentemos a Deus as nossas preces. Após cada prece, peçamos: Senhor, aumentai a nossa fé.

1 – Pela Igreja, para que saiba orientar os povos em conflito, promovendo a fé que fortalece a paz e a união, peçamos.

2 – Pelos que perderam a fé, para que encontrem quem os ajude a se reencontrarem na vivência do Evangelho, peçamos.

3 – Por todos nós, para que saibamos estar atentos aos sinais da presença de Deus e assim anunciá-lo aos irmãos, peçamos.

4 – Pela nossa comunidade, para que seja sempre a fonte de referência para o convívio fraterno, peçamos.

 

OFERTÓRIO

Animador: Junto com o pão e o vinho, oferecemos ao Senhor a vida dos que dão testemunho de fé verdadeira na sua família, na comunidade, no trabalho e na sociedade. Cantemos.

 

COMUNHÃO

Animador: A palavra e a Eucaristia alimentam e fortalecem a fé. Recebamos com alegria este alimento indispensável para nossa vida e missão, cantando.

 

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