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Terminou no domingo, 10 de setembro, a 20 ª Viagem Apostólica Internacional do Papa Francisco à Colômbia

por Marco Aurélio Santana

O Papa Francisco foi conquistado pelo sorriso dos colombianos na visita ao país, afirmou na sexta-feira, 8 de setembro,o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke. O jornalista estadunidense adiantou à mídia local que o Papa está “muito contente” com o andamento da viagem, que termina domingo, 10 de setembro. Depois de visitar Medellín sábado, 9 de setembro, o Pontífice encerrou a visita em Cartagena.

Para Burke, o importante da viagem até então são a “alegria e a esperança” de Francisco, como demonstrado na primeira noite na Colômbia, quando pediu aos jovens que o aguardavam na Nunciatura que “não se deixassem roubar as esperanças”. Burke afirmou ainda que o encontro em Villavivencio dedicado à reconciliação entre as vítimas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ex-guerrilheiros, foi uma “lição de como pedir e oferecer perdão”.

Encontros da Nunciatura são destaque
Outro evento destacado, a seu ver, foi a noite de quinta-feira, 7 de setembro, quando um grupo de meninas com síndrome de Down falou sobre a vulnerabilidade. Para ele, a mensagem foi uma “lição de pura teologia de que todos somos vulneráveis”.
O porta-voz ainda garantiu que apesar da longa viagem, Francisco está muito bem e suportou com boa disposição o calor em Villavivencio. Uma prova disso, disse, foi o período dedicado depois do almoço para tirar fotos com seminaristas e outros fiéis sob o sol.
Em declaração exclusiva à Rádio Vaticano, Greg Burke se concentrou nos temas do perdão e da misericórdia, centrais na sexta-feira, em Villavicencio.
“Desde o início de seu Pontificado, o Papa fala do perdão e da misericórdia. Nós o vemos sempre diante de Deus, pedindo perdão. Não existe um dia mais importante do que outro, mas claramente este dia teve algo de especial”.
(CM)

Papa é os Idigenas

Quase 500 membros da Guarda Indígena da Colômbia e mil representantes de mais de cem povos ancestrais do país receberam o Papa Francisco com um “caminho de honra” na esplanada de Catama, em Villavicencio, nesta sexta-feira, 8 de setembro. O Pontífice presidiu a missa campal no local. O coordenador nacional da Guarda, Luis Alfredo Acosta, descreveu essa recepção como “um caminho de resistência, de harmonia, de encontro entre espiritualidades: a espiritualidade cristã e os povos indígenas”.

Essa organização indígena é composta exclusivamente por membros de povos autóctones que exercem a sua autoridade em seus territórios, muitos deles, duramente afetados pelo conflito. Não usam armas, mas “bastões de poder”, decorados com ornamentos da sua cultura tradicional e, com eles, fazem valer a sua palavra.

Com esses bastões, muito venerados e que ninguém toca, exceto os mesmos guardas, eles criaram uma espécie de caminho de honra para a passagem do Papa Francisco, antes da missa campal. Uma maneira de compartilhar com a Igreja católica um ato ecumênico tão importante para esses povos.

Segundo a agência de notícias EFE, a Guarda Indígena nomeou Francisco como “guardião milenar da terra”, durante aquele que foi considerado um “encontro para a vida, para a resistência”, disse Acosta. Ao dar esse título, acrescentou ele, também foi entregue um dos bastões ao Pontífice.

O líder indígena assegurou que a ocasião também serviu para “perdoar” por todos os danos que considera que a Igreja teria causado, em mais um ato de reconciliação registrado durante a viagem do Papa Francisco à Colômbia: “para os povos indígenas, perdoar é ter harmonia, é a água que corre, é voltar ao ventre da nossa mãe, não portar armas e, por isso, entregar o bastão da paz”, finalizou o coordenador da Guarda Indígena da Colômbia. (AC/EFE)

(Radio Vaticano)

por João Carlos Romanini

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