Atentados em duas igrejas cristãs deixam mais de 40 mortos e centenas de feridos no Egito
O Papa condenou o ataque contra a igreja de São Jorge, no Egito
A igreja sofre ataque no Egito e pelo menos 44 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas em dois atentados a bomba em duas igrejas cristãs coptas, neste domingo de Ramos (9). O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu autoria dos ataques, que ocorreram uma semana antes do dia em que os cristãos celebram a Páscoa e no mesmo mês em que o papa Francisco tem programada uma visita ao país. O presidente egípcio, Abdel-Fattah Al-Sissi, anunciou um "estado de emergência por três meses" no país.
A primeira bomba, em Tanta - cidade localizada a menos de 100 quilômetros do Cairo -, destruiu o interior da Igreja de São Jorge e matou mais de 20 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do Egito. O segundo ataque, realizado poucas horas depois por um homem-bomba em Alexandria, na catedral de São Marcos, atingiu o local histórico do papa copta, matando mais de 10 pessoas, incluindo três policiai
Papa condena ataque contra igreja copta
O Papa condenou o ataque contra a igreja de São Jorge, no Egito, “Ao meu caro irmão, sua santidade o Papa Tawadros II, à Igreja Copta, e a toda a querida nação egípcia envio as minhas sinceras condolências. Rezo pelos mortos e feridos, estou próximo dos familiares e de toda a comunidade”, declarou, no final da Missa a que presidiu na Praça de São Pedro.
“Que o Senhor converta o coração dos que semeiam terror, violência e morte, e também o coração dos que fazem e traficam as armas”, apelou Francisco.
O ataque aconteceu durante a celebração do Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa no calendário cristão. Já após a intervenção do Papa, um ataque contra a igreja de São Marcos, em Alexandria, provocou mais 6 mortes e vários feridos.
As comunidades cristãs do Egito representam cerca de 10% da população, com destaque para a Igreja Copta Ortodoxa, e têm sido alvo de vários ataques de extremistas islâmicos.
O Papa Francisco vai visitar o Cairo de 28 a 29 de abril, numa viagem pela paz que prevê um encontro com o grande imã de al-Azhar, a mais prestigiada instituição do Islão sunita.
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