O coração parece ser a síntese da vida. Para falar do amor, nos referimos ao coração. Porém, na maior parte das vezes, não escutamos o coração. Usamos demasiadamente a racionalidade. O coração tem sido usado apenas para 'depositar' algumas amarguras, uma boa quantidade de ressentimentos, incontáveis lembranças de decepções. Um peso parece atingir as profundidades do existir. Mesmo assim, é preciso ir adiante.

Os compromissos são como que um grande rolo que quase nos amassa. Ao longo do dia, temos que fazer tantas coisas. Tem sobrado pouco tempo para ouvir o coração e até acalmá-lo.

Evidente que o coração não tem toda a certeza dos fatos e acontecimentos. Razão e emoção precisam se encontrar e, de preferência, que permaneçam abraçadas. Só assim, teremos o necessário equilíbrio. Muitas vezes, porém, depois de ouvir o que se passa no coração, é preciso aquieta-lo. Afinal, se o coração encontra a paz, a vida deslancha. Se o coração não quiser passar por onde ele não tem vontade, não vamos forçá-lo. Tudo tem seu tempo certo.

Enquanto isso, é preciso continuar a caminhada. A vida é feita de muitos caminhos e muitas escolhas. Que o coração possa indicar o melhor caminho a ser trilhado. Não é bom maltratar o coração. Ele tem facilidade em somatizar algumas dores. Escutar o coração não significa dar asas e deixar voar. Ele pode se enganar, em alguns momentos. Monitorar o coração para que o melhor, que é o amor, aconteça no tempo certo.

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