Você está ouvindo
Tua Rádio
Ao Vivo
14:00:00
Programa de Domingo
19:00:00
 
 

Dilma Rousseff pede que senadores votem com consciência

por Marco Aurélio Santana

Presidente afastada disse que, caso venha a perder o cargo, o país terá uma ferida 'difícil de ser curada'

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A presidente afastada Dilma Rousseff participou nesta segunda-feira, 29, de uma sabatina no Senado. No total, 48 senadores se manifestaram com questionamentos ou com manifestações contrárias ou de apoio a Dilma. A sessão de sabatina durou pouco mais de 12 horas.

Em sua última fala durante a sabatina do processo do impeachment no Senado, a presidente afastada Dilma Rousseff pediu para que os senadores votem com “consciência”. Dilma voltou a afirmar que não cometeu crime de responsabilidade e que, caso venha a perder o cargo, o país terá uma ferida “difícil de ser curada”. A sessão, foi encerrada um pouco antes da meia-noite.

Dilma falou, após o seu advogado de defesa, José Eduardo Cadorzo, que abdicou de fazer questionamentos à presidente que começou agradecendo a atenção dispensada pelos senadores e dizendo que a disputa política é normal, mas que o processo de impeachment não faz bem para o processo democrático brasileiro. “Tentar inventar crimes de responsabilidade onde não existe e tentar transformar o Orçamento, a execução do gasto público em um espaço de disputa ideológica que não tem consequência para o bem do país, acredito que temos maturidade suficiente para superar esse processo que não faz bem para o país”, disse.

A acusação diz que ela cometeu crime de responsabilidade ao editar três decretos de suplementação orçamentária sem autorização do Congresso e no atraso do pagamento de repasses do Banco do Brasil para programas do agronegócio e da agricultura familiar oriundos do Plano Safra, as chamadas pedalas fiscais.

Dilma chegou ao Senado por volta das 9h. Logo após subiu na tribuna e fez um discurso que durou cerca de 45 minutos. Nele Dilma disse que não estava lutando por seu mandato, mas pela “democracia, verdade e justiça”. Ela disse que, caso o impeachment venha a ser aprovado, será um golpe parlamentar. “Estamos a um passo da consumação de uma grave ruptura institucional, estamos próximos da concretização de um verdadeiro golpe de estado”, disse.

A presidente afastada também contestou o argumento de que estaria perdendo o cargo pelo “conjunto da obra” de seu governo. “Não é legítimo. Quem afasta o presidente por conjunto da obra é o povo, e só o povo, nas eleições”.

Dilma chamou de “usurpador” o governo do presidente em exercício Michel Temer e afirmou que, caso ele se torne definitivo, será fruto de uma “eleição indireta”.

No encerramento, a presidente afastada pediu votos aos senadores. “Não aceitem um golpe que, em vez de solucionar, agravará a crise brasileira. Peço que façam justiça a uma presidente honesta que jamais cometeu qualquer ato ilegal na vida pessoal ou nas funções públicas que exerceu.” 

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio Veranense

Enviar Correção

Comentários

Newsletter Tua Rádio

Receba gratuitamente o melhor conteúdo da Tua Rádio no seu e-mail e mantenha-se sempre atualizado.

Leia Mais