Na tarde desta segunda-feira (28), durante coletiva de imprensa, Eduardo Leite (PSDB) renunciou ao cargo de governador do Rio Grande do Sul. O comunicado foi feito em vídeo apresentado antes de uma entrevista, no Palácio Piratini. Na ocasião, Leite afirmou que está renunciando do poder para não renunciar à política.

Durante o discurso, Eduardo Leite também confirmou que seguirá no PSDB. “Eu fico com meu partido porque o PSDB é importante na minha vida”, disse. A data, seis meses antes das eleições, é o prazo estabelecido pela legislação eleitoral para que um político deixe um posto no Executivo a fim de concorrer a outro cargo, além da reeleição. Sem ocupar o cargo de governador, Eduardo Leite afirmou que quer “liberdade e disponibilidade para se movimentar no campo político”.

O tucano não confirmou em qual cargo poderá concorrer e deixou em aberto a possibilidade de concorrer a Presidência da República, respeitando as prévias do partido e a deliberaçã de partidos aliados. 

O vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, assumirá o Palácio Piratini e a transferência do cargo deve ocorrer na próxima quinta-feira, dia 31 de março. A última vez que um governador do RS renunciou ao cargo para concorrer a outro posto foi em 1990, quando Pedro Simon (MDB) ingressou na disputa por uma vaga no Senado. O vice Sinval Guazzelli (MDB) assumiu o Palácio Piratini na época.