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“As temperaturas estão mais elevadas do que o padrão”, diz meteorologista sobre inverno gaúcho

Baixar Áudio por João Pedro Varal Tartari

Ondas de frio mais intenso devem durar de dois a três dias

Foto: João Pedro Varal Tartari

Não é novidade para ninguém que nós estamos no inverno. Mas, diferentemente do esperado naquela que é conhecida por ser a estação mais fria, as temperaturas do inverno gaúcho têm estado meio quentes. 

Para a meteorologista Cátia Valente, os nossos invernos têm sido mais amenos. “As temperaturas estão mais elevadas do que o padrão sim, então, dá para se dizer, assim, que, na média, os nossos invernos têm sido mais amenos, com essas exceções que são eventos de frio mais intensos”, comenta. 

A meteorologista explica que esses eventos são causados por uma série de fatores climatológicos. “Nós estamos, este ano, com aqueles fenômenos que a gente sempre fala (ou é o El Niño ou é a La Niña), e nós estamos com La Niña. E o que que a La Niña, normalmente no outono e inverno, [traz] de condição que predomina bastante aqui no estado? É aquela condição de que as chuvas, as frentes frias, elas passam mais pelo mar, menos sobre o continente, mas as massas de ar frio, lá no início do outono, já começam a entrar mais livremente aqui no estado.” 

“Só que, além disso, nós tivemos, também, o que nós chamamos de bloqueios atmosféricos”, complementa Cátia. O fenômeno é causado pelos fluxos de umidade da atmosfera, especialmente de ventos, vindos da Região Amazônica, que sopram nos médios e altos níveis da atmosfera. “Só que que esse ar, que vem lá do Norte, ele é quente e ele é úmido, e, por isso, se mantém bloqueado, aqui sobre o estado, e, com isso, nós tivemos, esses dias, vários dias de temperaturas mais elevadas – calor fora de época, inclusive.” 

“Daí as pessoas perguntam ‘tá, mas por que teve esse bloqueio? por que que ele foi mais forte que a La Niña?’ Bom, aí nós estamos falando de um Oceano Atlântico um pouquinho mais frio, de um outro padrão de ventos que tem a ver com um outro oceano também", explica. “São vários os fenômenos que podem ocorrer – mais intensos, ou menos intensos – e que vão trazer características diferentes aqui para nós.” 

Ainda segundo a meteorologista, essa condição tem sido uma tendência. “No ano passado, nós tivemos neve, nós tivemos frio intenso, mas, se for lembrar, foram poucos eventos de frio também”, afirma Cátia. “Mas o inverno, como um todo, não tivemos um inverno rigoroso, não mais aquele inverno que os nossos avós falavam, que era 15, 20, às vezes 30 dias de frio, isso não acontece mais, faz muito tempo que a gente não vê mais”, alega, complementando que, “agora, a gente tem picos de frio e, como a gente também tem no verão, picos de calor”. 

Ela também tem uma previsão para o período que ainda resta de inverno, que só encerra no dia 21/09. “Essas ondas de frio, elas vão continuar entrando sim, porém não vai ser aquele frio persistente, de vários dias – são dois, três dias de frio, em seguida ele perde a intensidade.”


Para ouvir a entrevista com Cátia Valente, clique em 'ouvir notícia'. O botão com acesso para o áudio está localizado acima da foto.

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