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Com a atuação do El Niño, inverno deverá ser chuvoso e com frio menos intenso

por Daniela Affonso

A meteorologista Cátia Valente afirma que ciclones extratropicais possam ser mais intensos devido ao fenômeno climático

Foto: Dirceu Tedesco | Tua Rádio Veranense

O inverno iniciou oficialmente às 11h58min da quarta-feira (21) e, em 2023,  a estação apresentará mudanças em relação aos anos anteriores, devido ao fenômeno El Niño. De acordo com a meteorologista Cátia Valente, o inverno será menos intenso e mais úmido. 

Os efeitos do El Niño no Rio Grande do Sul são as chuvas mais frequentes e abundantes, além da perda da força das massas de ar frio. “Por causa da maior quantidade de nebulosidade, umidade sobre o estado, a temperatura não cai tanto, então aquela amplitude térmica comum em invernos mais secos, não acontece tanto”, acrescenta, Cátia. 

No inverno, normalmente a passagem das frentes frias, que são os mecanismos que trazem as chuvas, vêm acompanhadas das massas de ar polares, responsáveis pela queda da temperatura. Segundo Cátia, isso vai acontecer, porém, as frentes frias serão mais intensas e podem ser mais frequentes. “Ao chegar ao estado, elas podem vir com volumes de chuvas mais expressivos, isso já acontece a partir de julho, quando já sentiremos os sinais do El Niño”, explica. 

Em agosto e setembro, a tendência também é de chuvas na média e acima da média. O inverno chegará ao fim no dia 23 de setembro, quando inicia a primavera, a estação mais chuvosa no RS. Com o El Niño, a tendência é de maiores volumes de chuva. 

“Por causa da grande quantidade de nuvens, mais dias úmidos e chuvosos, não terá aquela condição das massas de ar polares atuarem por tanto tempo e, por isso, as temperaturas acabam não sendo tão baixas”, afirma. 

 

Ciclone Extratropical 

A respeito dos eventos climáticos que foram registrados nos últimos dias no RS, Cátia destaca que eles podem voltar a acontecer e a tendência é de que possam ser mais intensos. “Infelizmente é normal isso acontecer no estado, o ciclone se forma a partir da passagem de frentes frias, e como o El Niño favorece ainda mais as frentes frias, podemos ter uma quantidade maior de ciclones extratropicais”, acrescenta.

A meteorologista também explica que muitas vezes os ciclones vão direto para o mar, sem atingir a costa. Entretanto, eles causam impactos quando além de serem fortes, atingem o estado.  

 

Texto: Daniela Affonso | Tua Rádio Veranense

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