Nova fase da Carne Fraca não gerará problemas, diz secretário-executivo do Ministério da Agricultura
Presente na Expodireto, Eumar Novacki afirmou que governo participou das ações junto com a Polícia Federal
Deflagrada nesta segunda-feira, a terceira fase da Operação Carne Fraca investiga empresas que estariam fraudando resultados de amostras do processo industrial relacionados ao grupo de bactériasSalmonella spp, a fim de burlar o serviço de inspeção federal. Presente na Expodireto, em Não Me Toque, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura (MAPA), Eumar Novacki, disse que, a operação não gerará problemas como em março de 2017, quando dezenas de países bloquearam parcial ou totalmente a importação de carne brasileira. Ressaltou que, embora havia problemas com os laboratórios, os quais tentaram enganar o Mapa e os consumidores, “em nenhum momento se colocou em risco a saúde pública”. “Os problemas são pontuais e se, por ventura, fosse detectado algo que colocasse em risco a saúde, seríamos os primeiros a divulgar para tomar as medidas necessárias”, afirmou.
Eumar falou ainda que diferentemente da primeira operação, que pegou o ministério de surpresa, desta vez o órgão público participou das ações e inclusive teria apontado “muitos pontos sensíveis” que mereceriam ser alvos de investigação.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Aninal (ABPA), Francisco Turra, vê com preocupação a investigação de novas fraudes, tendo em vista o impacto negativo que a operação gerou ao setor de proteína animal no ano passado.
"A operação não será tão nociva como foi no ano passado, mas causa muitas dúvidas e especulações fora do Brasil. Isso é um problema", avalia. No entanto, Turra acredita que os danos, se existirem, serão de "efeitos muitíssimo reduzidos" porque em 2017 o governo e as entidades já fizeram o trabalho de explicar aos importadores da carne brasileira os procedimentos adotados no Brasil. Também diz não acreditar que as fraudes "sejam uma prática da empresa", já que ela investe altos valores para atender as condições sanitárias.
Foram cumpridas ordens judiciais no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo. Diferente da primeira ação que acabou descobrindo esquemas de corrupção em diversas empresas, desta vez o alvo é a gigante BRF e cinco laboratórios credenciados ao Ministério da Agricultura (Mapa).
Fonte: Correio do Povo
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