Eliminado da Copa Libertadores na noite da última terça-feira, o Grêmio vai à Conmebol contra o River Plate, seu algoz, por desrespeito ao regulamento do torneio. Fará um pedido para obter os pontos da partida da última terça, tirando o rival da final da competição.

Os gremistas vão protestar contra o comportamento do técnico Marcelo Gallardo, que, mesmo suspenso pela Conmebol, se comunicou com auxiliar-técnico do River por meio de um rádio e ainda foi ao vestiário do time no intervalo da partida.

"Vamos apelar sim. Mas esperamos que, pela gravidade do fato ao ser descumprida a penalização do treinador, que a Comebol haja de ofício sob pena de desmoralização", disse Romildo Bolzan, presidente do Grêmio, para a reportagem.

O River classificou-se para a decisão continental ao derrotar o Grêmio por 2 a 1, de virada, em Porto Alegre. Na Argentina, a partida havia terminado com vitória brasileira por 1 a 0. 

Questionado se tem expectativa de sucesso na Conmebol, o presidente respondeu: "Muita". "Vamos Buscar os pontos".

A título de conhecimento, o regulamento da Conmebol não é claro sobre o cumprimento de suspensões. Isso porque o artigo 19, inciso 3, fala de punição apenas no caso de um jogador não cumprir uma suspensão, o que resultaria na derrota por 3 a 0. Nada consta sobre o descumprimento de treinadores. Para alguns entendidos, está implícito que o mesmo vale para os técnicos.

O Grêmio ainda se irritou com o VAR (sigla em inglês para árbitro de vídeo). Primeiro porque o recurso nem sequer foi consultado no gol de empate do River Plate. Na jogada, Borré fez de cabeça, contando com um desvio da bola em seu braço.

Depois com o tento da virada. Ele foi anotado em cobrança de pênalti, que foi marcado pela arbitragem após indicação do VAR. No lance, o zagueiro Bressan esticou o braço, provavelmente de forma involuntária, para desviar um chute de Scocco. 

"Também vamos nos pronunciar com a Conmebol, mas aí é outra situação", disse o dirigente.