Após seis meses parado, Dal Pozzo chega motivado ao ABC
Com a missão de levar o Alvinegro à Série A, novo treinador destaca níveis de confiança altíssimos e vontade de trabalhar como motivadores para sucesso do time
Contratado para dar sequência ao "projeto da Série B", no qual o ABC busca o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro no ano do centenário, Gilmar Dal Pozzo foi apresentado nesta terça-feira no CT Alberi Ferreira de Matos sem um prazo determinado para o fim do seu contrato e com um salário menor do que havia pedido há dois meses.
Sem clube desde outubro do ano passado, quando foi demitido pelo Criciúma, o novo treinador do Alvinegro garante que chega mais atualizado e extremamente motivado para fazer um grande trabalho no Mais Querido.
- Eu fiquei parado esses seis meses porque eu entendi que tinha que buscar me atualizar. Nesse período eu fiz alguns estágios, fiz cursos, me atualizei e hoje chego muito motivado ao ABC. O desafio é fazer um grande trabalho, de buscar os nossos objetivos. Estou extremamente motivado. Os níveis de confiança estão altíssimos, porque já são seis meses (parado), e a vontade de trabalhar vão fazer com que os resultados venham dentro de campo por merecimento - admitiu.
Antes de ser treinador, Dal Pozzo atuou por 20 anos como jogador. O ex-goleiro defendeu as cores do Santa Cruz em 2006, mas fez história mesmo no Caxias, onde ficou por sete anos. A transição de atleta para técnico de futebol aconteceu em 2007, quando começou a treinar o Veranópolis, equipe do interior do Rio Grande do Sul, na qual trabalhou por quatro anos. Foi campeão com o Pelotas e depois foi para a Chapecoense, onde conseguiu dois acessos no Campeonato Brasileiro (da Série C até a Série A). No ano passado, se transferiu para o Criciúma e ficou por três meses no comando do clube catarinense na primeira divisão nacional.
- Sou um profissional extremo. Gosto que minhas equipes joguem com muita qualidade, extraindo a qualidade dos atletas, mas também com muita intensidade. Para a gente conseguir as vitórias, a equipe precisa ter um ponto de equilíbrio entre competitividade, qualidade e outros fatores fora de campo: disciplina, envolvimento no vestiário. E tem que aproveitar também essa torcida maravilhosa do ABC, incorporar esse espírito que a torcida tem. Temos que incorporar isso, aliado ao nosso trabalho, para conseguir nosso sucesso - afirmou.
Para repetir as campanhas vitoriosas alcançadas pela Chapecoense, que saiu da Série C para a Série A em dois anos, Dal Pozzo lembra do caráter bastante competitivo da Série B e diz que quer aliar a competitividade do futebol gaúcho com a qualidade técnica dos jogadores do Nordeste para conseguir o acesso do ABC.
- A Série B tem uma característica mais competitiva. A Série A é mais técnica, mais jogada. Então nós temos que ser competitivos e jogar de acordo com o jogo que se apresenta. Eu quero trazer esse estilo que nós temos do futebol, da cultura e do povo gaúcho que é ser competitivo e pegar as coisas boas aqui do Nordeste, que são os jogadores de qualidade. Nós temos que conseguir fazer as duas coisas: ser competitivo e jogar com a bola. Mas temos que entender que a Série B tem a característica de competitividade, de alta intensidade, jogando sempre no alto nível para conseguir os resultados - planejou.
Fonte: Globo Esporte
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