Custo da cesta básica cresce 33% e poder de compra encolhe
O preço dos alimentos durante a pandemia quase triplicou diante da inflação oficial.
Em comparação feita entre os primeiros três meses de 2021 com o mesmo período em 2019, o preço da cesta básica subiu 32.56%. Para se ter uma ideia, em janeiro de 2019, era possível comprar 11 produtos da cesta básica de alimentos com um valor de R$ 100,00 como arroz, feijão, açúcar, café e ainda era possível comprar um quilo de carne de primeira, pão francês, queijo muçarela e até a bolacha recheada entrava no carrinho de compras.
Com o início da pandemia em março de 2020, os preços dos alimentos e outros produtos foram aumentando, em abril, quando o auxílio emergencial de R$ 600,00 começou a ser pago, os produtos já estavam mais caros, com os mesmo R$100,00 já não era mais possível comprar carne de primeira, para comprar os mesmos 11 produtos, foi preciso escolher uma proteína mais barata. Atualmente, com a mesma quantia de dinheiro, é possível comprar o mesmo número de produtos, mas com redução nas quantidades, por exemplo, 5 kg de arroz passam a ser 3 kg, a bolacha recheada não entra mais no carrinho de compras, o quilo de queijo tem de ser cortado pela metade. Com esses cortes é possível continuar comprando a carne, mesmo que não seja de primeira, e ainda será possível comprar macarrão e extrato de tomate.
De acordo com o IPCA (índice Nacional de Preços ao Consumidor Aplicado), os preços dos alimentos quase triplicaram em comparação com a inflação oficial. A lista de compras encolheu de fato, porque, enquanto o índice geral do IPCA registrou alta no preço da cesta básica de 5,20% no período de um ano a contar de fevereiro de 2020, enquanto isso, a alto nos valores passou de 20% em 12 capitais.
Com o fim do pagamento do auxílio emergencial em dezembro de 2020, milhares de famílias tiveram redução na renda, o que afetou o poder de compra das pessoas e 2021 começou com a população tendo dificuldade em comprar alimentos. Em abril, deve ser retomado o pagamento do auxílio emergencial, mas com um valor reduzidos, de apenas R$250,00, com esse valor, será possível comprar apenas cerca de 39% da cesta básica, ou seja, menos da metade dos alimentos ou quantidades que eram compradas anteriormente.
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