Taxa básica de juros é elevada em 2,75%
Essa é a primeira alta desde junho de 2015.
O Comitê de Política Monetária (Copon) do Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) para 2,75% ao ano, elevando-a em 0,75 ponto percentual. A última alta havia sido em junho de 2015, quando os juros subiram 0,5 ponto percentual a 14,25% ao ano. A decisão está acima da expectativa de mercado, pois quando anunciada a reunião do Copon, no dia 17 de março, a perspectiva de mercado era de alta entre 0,25 e 0,50 ponto percentual.
A Selic estava se mantendo no mesmo patamar desde agosto de 2020, a 2% ao ano, em virtude da crise gerada pela pandemia de Covid-19. A principal atribuição a essa alta se deve em função do controle da inflação. O Banco Central estipula uma meta para a taxa báscia de juros, ou seja, quando a inflação está alta, o juros são elevados para reduzir o estímulo na atividade econômica, consequentemente, diminuindo o consumo e equilibrando os preços. Quando a situação se encontra ao contrário, o Copon pode reduzir os juros para estimular a economia.
Atualmente o país enfrenta um agravamento na pandemia, com aumento considerável no número de casos confirmados e mortes em decorrência da doença e novas medidas de isolamento devem ser tomadas, o que deverá impactar ainda mais na atividade econômica e o brasileiro está tendo seu poder de compra reduzido. Além disso, em fevereiro o IPCA (ÍNDICE Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), acumulou em 5,20% no período de um ano, ele é considerado o índice oficial da inflação.
O Banco Central, afirmou em fevereiro, que a inflação era temporária. No entanto, o Copom não estava disposto a correr riscos diante da incerteza fiscal e pressão inflacionária e acabou deixando de lado seu compromisso de não aumentar os juros.
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