Indústria caxiense tem desempenho positivo de 25% nos primeiros quatro meses de 2018
Apesar do crescimento, o faturamento se encontra em patamares quase 50% abaixo do registrado de 10 anos atrás
A indústria caxiense registrou um desempenho positivo de 25,20% nos primeiros quatro meses de 2018. Apesar do crescimento, o faturamento se encontra em patamares quase 50% abaixo do registrado de 10 anos atrás. Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (12), pelo presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (SIMECS), Reomar Slaviero e pelo assessor de planejamento econômico da entidade, Rogério Gava.
De acordo com os dados, em relação aos mercados de atuação, o maior crescimento das receitas ocorreu nas vendas dentro do estado, com incremento de 39,23%. Para fora do estado o aumento foi de 24,98% no período. As exportações tiveram incremento de 10,56%.
O crescimento foi puxado pelo segmento automotivo, com aumento de 31,57% nas receitas. O setor metalmecânico cresceu 16,20% e o setor eletroeletrônico registrou crescimento de 0,09%.
Apesar do crescimento, Slaviero destaca que a queda acumulada nas receitas nos últimos três anos chegou a 38,69%. O crescimento de 8,89% no faturamento de 2017 recuperou parcialmente as perdas acumuladas de 2015 e 2016.
Em relação ao saldo de empregos, os dados mostram que, na indústria de Caxias o setor fechou os quatro primeiros meses do ano com um resultado positivo de 2.352 postos de trabalho. Entretanto, o saldo acumulado do desemprego da indústria ainda é alto. No saldo de 2018, restam ainda 16,1 mil vagas que ainda não foram recuperadas.
Greve dos caminhoneiros
Ainda conforme o presidente do SIMECS, a paralisação de 11 dias dos caminhoneiros representará uma queda de 25% no faturamento das empresas no mês de maio, o que equivale a R$ 250 milhões.
Projeção para 2018
Considerando o faturamento descrito de R$ 4,43 bilhões até abril, para 2018, projeta-se um total de receitas de R$ 13,3 bilhões. Isso irá representar um crescimento de 6,97% nas receitas em relação a 2017. Porém, a queda de 25% no faturamento das empresas em maio, devido a greve dos caminhoneiros, pode puxar essa perspectiva para baixo.
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