Tarde de Campo foi de aprendizado para citricultores de Cotiporã
Cerca de 40 agricultores participaram das atividades as propriedades dos agricultores Horácio Pitol e Henrique Gromovski
Cerca de 40 agricultores participaram de uma Tarde de Campo sobre Citricultura, na última sexta-feira, dia 21 de outubro, nas propriedades dos agricultores Horácio Pitol e Henrique Gromovski, na comunidade de Nossa Senhora Auxiliadora, em Cotiporã. Também esteve presente o prefeito em exercício, Ivaldo Wearich, entre outras autoridades. Segundo Wearich, órgãos como a Emater/RS-Ascar dão condições aos produtores de desempenharem o seu trabalho com mais perfeição e poderem se manter no meio rural, produzindo melhor, com menos agrotóxicos e menos custos.
Durante a atividade, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Valfredo Reali, falou sobre os cuidados na implantação do pomar, entre eles o planejamento, a escolha correta do local, as questões ambientais como o licenciamento, a limpeza e a sistematização da área, a análise do solo para correção da acidez e fertilidade antes do plantio, a aquisição de mudas de viveiristas com registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a sua análise, a densidade de plantas e os cuidados no plantio, além da utilização das plantas de cobertura e a função de algumas espécies.
A importância das plantas de cobertura do solo também foi destacada pelo pesquisador de Embrapa Uva e Vinho, George Wellington de Melo, que ressaltou os benefícios do seu uso, entre eles o aumento da eficiência do adubo aplicado. Porém, de acordo com ele, de nada adianta uma boa adubação se a muda não for de qualidade. Melo e Reali também apresentaram um disco de papelão utilizado na base das plantas, impregnado com sulfato de cobre, para controle das ervas espontâneas que concorrem (luz, água e nutrientes) com a planta. Com isso, evita-se práticas de risco para as mudas, como roçada, uso de herbicidas e capina.
O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Todeschini, tratou de algumas doenças dos citros, cuja ocorrência é favorecida pelo calor e a umidade, como a Pinta Preta e a Antracnose, que neste ano não têm sido problemas devido ao clima frio e seco. Todeschini explicou sobre o manejo da Pinta Preta com medidas simples, que estão ao alcance de todos e não têm custo, como a abertura da copa e a colheita dos frutos contaminados, que devem ser enterrados, e não deixados no chão, além de medidas preventivas, como a introdução de mudas sadias, a poda de limpeza, o uso da irrigação/fertirrigação e a colheita antecipada.
Além das doenças, a mosca-das-frutas foi outro assunto abordado pelo técnico da Emater/RS-Ascar, Alexandre Meneguzzo, que apresentou o ciclo da mosca e as formas de monitoramento e controle da praga na fase adulta. Entre as formas de monitoramento, pode-se utilizar frasco caça-mosca (4 por ha, nas bordaduras), que pode ser feito com garrafas PET transparente, com atrativos alimentares. “A captura de uma mosca já indica a necessidade de controle, que pode ser feito através da aplicação de uma isca tóxica, líquida ou pasta, juntamente com um inseticida”, observa Meneguzzo. O extensionista também mostrou como deve ser feita a aplicação, através de diversos equipamentos, especialmente o soprador.
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