ABPA defende retaliações do Brasil a países que proibiram importação de carne brasileira
Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal falou sobre a repercussão da operação que pode afetar as exportações de carne num todo
O Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal Francisco Turra participou na manhã desta quinta-feira, 23, do programa 'Conectado', da Rádio São Francisco. Em entrevista concedida para o jornalista Evandro Fontana, Turra comentou sobre repercussão da Operação Carne Fraca. Ele defende retaliações do Brasil a países que proibiram importação de carne brasileira (Acompanhe, em áudio)
Entidades que representam o setor de proteína animal do Brasil seguem mobilizados para esclarecer as generalizações decorrentes da operação da Polícia Federal (PF), ocorrida na última sexta-feira, 17. O foco do trabalho, neste momento, é reverter a decisão de importantes nações, que estão suspendendo os acordos de mercado com o Brasil – o que irá reverter de forma negativa no PIB Nacional, caso a situação seja mantida.
Mesmo reconhecendo que o trabalho será árduo, Francisco Sérgio Turra, presidente executivo da ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal, revela que nesta terça-feira, 21, importantes encontros foram realizados. O gestor, porém, defende que o Brasil adote medidas de retaliação – suspender a compra de produtos daqueles Países que se negarem a, pelo menos, tentar entender que houve exageros, tanto por parte da polícia, quanto da imprensa.
Turra acredita que mais países deverão questionar e até cortar relações comerciais com o Brasil. O próprio mercado interno pode sofrer desaceleração, embora a ABPA reforce que o brasileiro pode confiar na segurança sanitária da carne produzida no Brasil. A preocupação, também é com os mais de seis milhões de trabalhadores brasileiros, que atuam na cadeia de produção de carnes bovina, suína e de aves. Para Turra, trata-se de uma “missão patriótica”, em defesa da indústria de proteína animal, que embarca anualmente 262 mil containers para 160 países, gerando uma receita que representa 15% do total das exportações brasileiras.
Até a sexta-feira, quando da divulgação da Operação Carne Fraca, o Brasil se mantinha como líder global em exportação de carne de frango, bovina e suína, vendendo para países e regiões com elevado padrão de exigências como Estados Unidos, Japão e União Europeia.
Comentários