Estiagem danifica plantações e famílias ficam sem água potável em Veranópolis
Devido à forte estiagem que todo o Rio Grande do Sul enfrenta, o poder público tem tomado algumas providências, na tentativa de auxiliar e amenizar os danos sofridos pela alteração do clima. Numa parceria entre o município de Veranópolis e a Corsan, algumas famílias da zona rural do município têm recebido atendimento com água potável. Uma das localidades afetada foi a Comunidade de Barros Cassal.
“São duas famílias que solicitaram o auxílio do município para a água potável, mas a situação em toda a zona rural de Veranópolis é preocupante, principalmente por causa das plantações. Estamos percorrendo estas localidades, em especial onde há culturas de milho e frutas – estas as quais a uva é a que mais sofre”, relata o diretor de serviços da Secretaria de Agricultura Lari Marin.
Ainda de acordo com Marin, a uva está murcha em cima das parreiras, e o milho não está germinando, levando a perdas muito grandes nessas duas culturas. ”Se chover logo, ainda conseguimos recuperar alguma coisa. Esperamos que chova de verdade”, encerra.
Os moradores da localidade relatam que a ajuda veio em boa hora e que neste momento, estão vendo junto à Corsan soluções a longo prazo, para que no futuro, em caso de novas estiagens, a agricultura não sofra tantos danos.
“Para nós é muito necessária essa ajuda, porque a gente não tem na onde tirar água, não temos fonte e nosso açude está secando. A gente está correndo de atrás pra ver se conseguimos ter um estaleiro de água aqui, para gente conseguir sobreviver. Não tem como a gente ter água potável, as famílias estão tomando uma água suja e muito brava até no banho. As famílias se juntaram para perfurar poços artesianos, mas não localizaram água. Fizemos dois poços, um com duzentos e sessenta e oito metros, não encontramos, desistimos. Perfuramos outro, que nos garantiram que teria água e nada também”, relata Danilo Gnoatto, morador da localidade.
Além do consumo próprio e das plantações, outra preocupação é o trato animal. A esperança está depositada nas possíveis chuvas.
“Esperamos que a chuva venha a tempo, para amenizar essa situação. Água potável não se tem, a água é péssima. Se der uma pancada de chuva, ou se a chuva der uma normalizada, dá para recuperar parte da produção já que boa parte foi perdida”, finaliza .
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