Mais da metade da soja está colhida no Rio Grande do Sul
As lavouras colhidas mais recentemente apresentaram uma maturação mais uniforme do que as primeiras, proporcionando maior velocidade de colheita e grãos de melhor qualidade
A colheita da soja avançou em ritmo muito acelerado, promovido pelo clima quente e seco durante boa parte dos últimos dias, chegando a 52% do total cultivado, sendo que outros 35% já se encontram prontos para serem ceifados. Segundo o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira, 12, com a baixa umidade do ar e do solo, o período diário de colheita em condições favoráveis foi ampliado, inclusive noite adentro, dando mais efetividade aos trabalhos.
As lavouras colhidas mais recentemente apresentaram uma maturação mais uniforme do que as primeiras, proporcionando maior velocidade de colheita e grãos de melhor qualidade. Todavia, a rápida perda de umidade verificada recentemente tem causado, em alguns casos, pequenas perdas por debulha na plataforma de corte. Nesse cenário, as produtividades obtidas seguem apresentando grande amplitude, variando de 30 a 80 sacas por hectare, em um mesmo município. Em termos gerais, entretanto, a média estadual ainda fica dentro das estimativas, que apontam para uma produtividade próxima dos três mil kg/ha. Quanto à comercialização, o mercado dá sinais de forte procura pelo grão, impulsionando o preço médio da saca de 60 quilos para R$ 76, um aumento de 5,15% na semana.
A situação da cultura do milho se mostrou sem alteração em relação à semana anterior, com os produtores aproveitando o tempo bom para continuar o trabalho de colheita que, no momento, atinge 85% da área, tendo ainda 10% em condições para tanto. Referente às produtividades obtidas até aqui, elas têm surpreendido positivamente em muitos casos, com os produtores colhendo quantidades acima do esperado, tendo em vista os problemas enfrentados com o clima em determinados momentos, principalmente no Sul e na Campanha. Mesmo assim, é possível que a produtividade média estadual ainda fique próxima dos 6,5 mil kg/ha, proporcionando uma produção de 4,5 milhões de toneladas.
No milho destinado à produção de silagem, a área já colhida alcança 80%. Neste caso, as produtividades registradas ficam também em bom patamar, chegando como média estadual a 36 mil kg/ha de massa verde. No período, a saca de 60 quilos teve valorização de 0,47% no preço médio estadual, passando para R$ 34 pagos ao produtor.
Os arrozeiros aceleraram os trabalhos da colheita, beneficiados pelo clima seco e quente verificado durante a maior parte do período em todas as regiões produtoras do Estado. No momento, o percentual de área de arroz colhida no RS alcança 55% do total semeado, sendo que o produto colhido até aqui apresenta boa qualidade, com os grãos obtendo bom rendimento no engenho. As produtividades alcançadas seguem dentro do esperado, girando em torno de 7,8 mil kg/ha. Apesar de ter ocorrido atraso no plantio de algumas lavouras devido às chuvas na época e a momentos de temperaturas baixas durante a fase de floração, as produtividades têm registrado surpresas positivas em muitas situações, com casos que ultrapassam os oito mil kg/ha. Na comercialização do produto, o mercado manteve praticamente estável o preço ofertado ao produtor, que vendeu a saca de 50 quilos a um preço médio de R$ 34,58, um aumento de 0,88% em relação ao preço da semana anterior.
A colheita do feijão 1ª safra, nas áreas dos Campos de Cima da Serra, foi retomada com o retorno do tempo mais seco. Com essas condições favoráveis e as lavouras prontas, a colheita deverá ser encerrada nos próximos dias. A cotação na região está em R$ 130 para o feijão preto e R$ 90 para o feijão de cores.
Já as chuvas regulares das últimas semanas foram favoráveis para a cultura do feijão 2ª safra, que se encontra nos vários estágios de desenvolvimento. Entretanto, a queda de temperatura após as chuvas e a alta umidade do ar em algumas regiões favoreceram o aparecimento de doenças. Mesmo assim, as lavouras apresentam-se com bom potencial produtivo. A comercialização manteve-se estável, com o valor médio do Estado em R$ 128,80 para a saca de 60 quilos do feijão preto.
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