Juízo crítico internalizado
Boa parte da tristeza que nos abate é juízo crítico que insiste em permanecer dentro de nós. É a voz julgadora negativa de todas as dores que se viveu e que não se consegue nesse momento compreender, nem transformar. Se faz presente no sentimento de angústia, na impossibilidade de seguir adiante, entre outras maneiras.
O som da crítica excessiva permanece em nós, como se verbalizasse: “cuidado, você está errada”, ou também “não faz isso”, entre muitas outras coisas que geram sentimentos como a sensação de vazio e de anestesia. Tentar discernir se esse vazio está dentro ou fora de si faz parte do momento difícil.
O resultado das angústias vividas, esse senso crítico, aparece na ideia de criticar o outro, mas muito também a si próprio. Atrapalhadamente ataca porque quer proteger, mostrando dificuldade em ser quem se construiu.
Tem-se claro que quando não é estruturado um olhar de cuidado para si, em algum momento, essa busca precisa ter início, e necessita ser elaborada.
Conversar com essa voz crítica é torná-la amiga, próxima, para que possamos entendê-la um pouco mais. Transformar críticas em entendimentos de vida é o que ameniza o juízo crítico construído internamente.
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