Estrangulei a esperança - parte dois
Quem leu a crônica: Esperança – mudança de planos, percebe que escrevi sobre estrangulei a esperança e vai compreender esse outro momento. Se você não leu, pode ler e perceber que faz sentido, e assim reforço outras formas de viver a esperança.
Agora, alerto que às vezes, mantemos a esperança não como única e absoluta possibilidade, mas como a expectativa de esperança que pode ou não acontecer. Isso já é mais saudável do que aquela esperança, sem probabilidade, estática, amarrada em alguma parte rígida do nosso ego. Um ego inflado que não aceita mudanças, que não prevê o que não agrada, ou o que não alcança.
O que é esperança para você? Esperança para mim é um tempo de espera, curto, longo, gratificativo ou não; e não temos como saber, nem como redimensionar. Mas temos como rever, como mensurar, como modificar. Podemos entrar em contato com nossas crenças, com nossa rigidez, com nossas absolutas verdades e criar novos e originais direcionamentos e novos entendimentos.
De qualquer maneira, em alguns momentos, coloco o ar, o oxigênio para a esperança que sinto respirar. Algumas esperanças, no entanto, precisam morrer para eu renascer de uma outra maneira, com novas e significativas perspectivas de outras esperanças, para que se construam em mim.
No entanto preciso refletir sobre o que acontece: em muitos momentos estrangulo a mim em nome da esperança que insisto em manter. Rígida sigo em busca de algo, não enxergando que posso mudar a rota, o caminho, que posso tornar mais tranquilo esse seguir.
Pode ser mais prudente que a esperança cresça e amadureça, que se transforme em algo novo, desconhecido até ali.
É por isso que esperança tem haver também com direcionamento, com confiança interna resgatada, com perspectiva de realizações. Nesse sentido, necessitamos olhar para as probabilidades, para que o que almejamos, realmente aconteça. E assim, seguir prospectando, alterando a rota, e realizando sempre que possível. Sempre em busca de novas esperanças.
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