Naquele dia emudeci...O desmoronar fora avançava ao encontro com a erupção de dentro. Tudo que era estável e mecânico passou a não ser mais... Como era sentido até ali não existia mais. A tranquilidade de seguir pelos dias, deu voz para medos antes não encontrados, dizeres até ali não mencionados.

Percebia que precisava construir novos entendimentos, novas verdades e principalmente novos direcionamentos. E isso exigia parar de escutar fora, para escutar o dentro.

Deixar a intuição, a serenidade, a percepção falar mais forte, estar mais presente em mim. Que eu pudesse me escutar era fundamental. Deixar palpitar mais forte a fé que por horas se fazia presente também se tornava prioritário.

Se nos olharmos direito, sentimos e percebemos o que precisa ser mudado em nós. Sabemos sem ninguém nos dizer o destino a ser tomado, traçado, adentrado... Os sentimentos a serem acolhidos e os que necessitam serem ressignificados.

Mais alegria quem sabe, ou mais leveza talvez. E que ela chegue até infinitos lugares, profundos estares em cada um de nós.

Que a certeza de um continuar de vida em outras esferas brote cada vez mais sereno em cada um de nós. Que a gente construa esse lugar seguro além morte e, embora lutando por viver melhor a cada dia, que não tenhamos medo de quando chegar nossa hora, nos dirigir pra lá.

Almejo que a sintonia com a criação das pequenas e valiosas coisas esteja presente em nós.

Até porque as asas estão em nós, podemos voar, crescer e nos desenvolver sempre mais.

Que a vida seja um fluir tranquilo...