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A angústia sentida

Neusa Picolli Fante

Falar de angústia é falar de uma lacuna entreaberta, é verbalizar um sentimento que nos encolhe diante de nós mesmos. Qual é a sua origem? Onde está escondido, dentro de nós, o botão que a aciona? São vários os questionamentos sobre esse assunto aos quais nos dedicamos em busca de respostas, que aos poucos vão se construindo de dentro para fora do nosso ser, transformando essa questão, inclusive, em objeto de estudo.

A angústia é um mergulhar amargo na mais profunda solidão, longe de achar o outro ou a si próprio. Esse vulcão que a angústia representa pode permanecer adormecido, pode parecer extinto dentro de nós. Contudo, uma simples imagem ou palavra pode provocar sua erupção, por vezes com uma fúria devastadora. Que imagem/palavra é essa que nos remete a tamanhas dores e confusões, e qual a sua frequência?

Precisamos responder nossas próprias perguntas, de uma maneira que nos fique confortável. Entender o que nos acontece e por que aquilo acontece é compreender um pouco mais de nós mesmos.

A angústia, assim como a tristeza, vão aonde você for. Não adianta mudar de estado ou país; sua essência vai contigo.

Temos claro que todos somos vulneráveis à angústia? A resposta é: para senti-la, basta ser humano. Então, não podemos fugir dela, mas podemos compreendê-la para minimizá-la.

Não é culpa do outro e nem sua. Apenas existem sentimentos que precisam ser olhados e reorganizados dentro de nós.

 

 

Sobre o autor

Neusa Picolli Fante

Psicóloga Clínica e Especialista em Teoria, Pesquisa e Intervenção em Luto. Graduada em Comunicação Social.  Autora do livro Caminho dos Girassóis: Uma abordagem sobre o luto, Dor sem Escuta, Entrelinhas da Vida, Quintais da Minha alma.

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