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Casa Fonte Colombo incentiva teste HIV no Dia Mundial de Luta Contra a Aids

por Ivan Sgarabotto

O atendimento é realizado à tarde, com uma média de 30 pessoas/dia

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Neste 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, a Casa Fonte Colombo - Centro de Promoção da Pessoa Soropositiva - HIV, de Porto Alegre (RS), participará das ações de incentivo ao teste HIV na Praça da Alfândega, na capital gaúcha. Além disso, estará representada na 15ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília, de 1º a 4 de dezembro.

Há 16 anos a Casa Fonte Colombo atua na prevenção e assistência aos portadores da doença e na busca de uma melhor qualidade de vida dos usuários. Está estruturada em quatro pilares: a prevenção, o acompanhamento, a reestruturação dos laços familiares e a reinserção social. A equipe é coordenada pelos freis Luiz Carlos Lunardi, José Bernardi e Eduardo Pazinatto e conta com quatro funcionários, 43 voluntários e 12 acadêmicos, no atendimento a 310 usuários mensais. (Acompanhe a sonora do Luiz Carlos Lunardi)

O atendimento é realizado à tarde, com uma média de 30 pessoas/dia. São moradores da periferia de Porto Alegre e região metropolitana, a maioria mulheres (65%). O critério para ser aceito é fornecer o exame de saúde que comprove que o usuário tem o HIV.

O monitoramento dos resultados dos exames de sangue de CD4 e Carga Viral é fundamental para saber se estão conseguindo aderir tratamento. O monitoramento deste índice é feito pelos médicos e enfermeiras voluntários. O encaminhamento é realizado pelos serviços de saúde da rede assistencial, pelos profissionais de saúde, pelos próprios usuários, pelas paróquias, em visitas aos hospitais pelos freis ou voluntários.

Números

Segundo o último relatório do Programa das Nações Unidas sobre HIV – UNAIDS, estima-se que 36,9 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com o vírus, mas só metade delas sabem. De 2000 a 2014, o número de infecções no mundo caiu 35% e passou de 3,1 milhões para 2 milhões no ano passado.

O número de mortes também caiu 41% nesses 15 anos. Entretanto, no Brasil, os casos de infecção ao HIV cresceu 11% entre 2005 e 2013, acreditando-se que cerca de 734 mil pessoas vivam com o vírus. Preocupa ainda o fato de que a Aids continua a crescer na população juvenil. Entre os jovens do sexo masculino de 15 a 19 anos, o número de casos aumentou mais de 50% na última década. E a maior concentração dos casos de Aids no país está entre os indivíduos com idade entre 25 e 39 anos em ambos os sexos.

Em 2013, o ranking da taxa de detecção de Aids entre as Unidades de Federação indica que os estados do Rio Grande do Sul e Amazonas apresentam as maiores taxas, com valores de 41,3 e 37,4 casos para cada 100 mil habitantes. Enquanto no Brasil a taxa de detecção nos últimos 10 anos apresentou uma média de 20,5 casos. Como se não bastasse, o Rio Grande do Sul também possui o maior coeficiente de mortalidade do país, 11,2 óbitos para cada 100 mil habitantes, sendo aproximadamente o dobro da média nacional. E entre as capitais, Porto Alegre possui o maior coeficiente de mortalidade, sendo quatro vezes maior que a média nacional.

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