Em um ano e meio, lista de espera para transplante de córneas sobe de 80 para 696 pacientes, aponta Banco de Olhos do Hospital Pompéia
Baixar ÁudioCom a pandemia de covid-19, a doação de órgãos teve uma queda acentuada, impactando no número de pessoas que aguardam o procedimento
Neste dia 27 de setembro, é lembrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos. A data busca conscientizar a sociedade sobre a importância da ação que ajuda a salvar muitas vidas. Isso porque, um doador, pode beneficiar até oito pessoas que aguardam por transplantes de diferentes órgãos e tecidos.
Captar possíveis doadores de órgãos sempre foi um desafio, porém, a pandemia de Covid-19 agravou ainda mais a situação. No Banco de Olhos do Hospital Pompéia de Caxias do Sul, por exemplo, a fila de espera de quem aguarda por um transplante de córneas saltou de 80 pessoas em março de 2020 para 696 em setembro deste ano. Além do cancelamento de procedimentos ocasionados por conta da superlotação dos hospitais, o aumento de negativas das famílias e a dificuldade de encontrar doadores contribuíram para este cenário.
A diminuição de doações também foi constatada pela Central Estadual de Transplantes. Segundo os dados da instituição, em 2019, houve 243 doações no Rio Grande do Sul; em 2020 foram 182; e até agosto de 2021, 96.
Segundo a enfermeira do Banco de Olhos e coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos pra Transplantes do Hospital Pompéia, Ana Paula Concatto, a negativa das famílias diante do pedido de doação ainda é bastante elevada. Por isso, ela destaca a importância de manifestar o desejo de ser doador de órgãos ainda em vida, pois a decisão da doação é feita pela família. Confira a entrevista em “Ouvir Notícia”.
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