UCS desenvolve tecnologia para identificar focos de contágio da Covid-19 em Caxias do Sul
Projeto faz uso da inteligência artificial com o objetivo de fornecer informações ao poder público sobre as regiões com risco de disseminação da doença
A Universidade de Caxias do Sul (UCS) trabalha desde setembro do ano passado no desenvolvimento de uma ferramenta para identificar possíveis focos de infecção da Covid-19 na cidade. Baseada no uso de inteligência artificial, a tecnologia permite que o governo aja com antecedência para minimizar o contágio da doença. O projeto é encabeçado pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da instituição.
A coordenação é realizada pelo doutor em engenharia e professor da UCS, Leandro Corso. Em entrevista á Tua Rádio São Francisco, ele explica que o produto possui informações sobre as regiões de Caxias que podem ter uma grande disseminação do vírus, com antecedência de uma semana a 15 dias. Os dados foram fornecidos pela Prefeitura, a partir de testes de coronavírus realizados ao longo da pandemia. Com isso, a ferramenta pode gerar cálculos matemáticos capaz de mapear a tendência de infecções. Ele afirma que a previsão auxilia na diminuição dos impactos econômicos, pois fornece subsídios para a administração municipal agir mais assertivamente nas medidas restritivas.
A instituição espera que a finalização da ferramenta seja em setembro deste ano. No momento, Corso conta que os profissionais atuam na construção do modelo de inteligência artificial, após passar pelo estágio de fornecimento de informações à tecnologia. Nessa parte, os elementos abastecidos pelos testes, mais apoiados com a estratificação das regiões do município, servirão como base para que sejam encontrados os focos de contágio. É a fase chamada de validação. O coordenador ressalta que essas referências ajudarão no trabalho para o acerto de antecipação para identificar os locais de disseminação da Covid-19. Como se trata de uma inteligência artificial, ela se adaptaria no decorrer do tempo e alcançaria o prognóstico pensado. A ideia é de que em fevereiro seja realizada a parte prática do projeto.
A iniciativa tem a parceria a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC-Caxias); o Instituto de Pesquisas em Saúde/Centro de Saúde Digital da UCS; o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS); o Instituto Hélice; a Prefeitura Municipal de Caxias do Sul e a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Os recursos são oriundos de financiamento do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e da UCS. Corso ressalta que foram desembolsados R$ 250 mil para o estudo. O projeto conta com 15 pesquisadores, mais alunos da área de engenharia para contribuir com a equipe.
No futuro, a universidade pretende disponibilizar o modelo para o governo estadual e outras unidades federativas. Corso destaca que depende dos resultados da ferramenta nos testes práticos.
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