Ao mesmo tempo em que os hospitais do Rio Grande do Sul buscam saídas para administrar as despesas com o déficit de R$ 1,4 bilhão sofrem com manifestações do Secretário Estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, que podem comprometer a imagem das instituições. De acordo com o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, Francisco Ferrer, a dificuldade financeira do estado não é culpa dos hospitais.

De acordo com Ferrer, este é um dos itens que trata uma carta enviada ao secretário. A correspondência pede ainda os repasses de recursos do cofinanciamento hospitalar previsto no orçamento do estado. Ele revela que itens incluídos na pasta da saúde estão colocados irregularmente.

A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Saúde informou que por enquanto o secretário não irá se manifestar.

Os recursos do cofinanciamento são utilizados para a gestão e algumas áreas para onde não podem ser destinadas verbas dos programas. Conforme Ferrer há valores de dez/15 e jan/16 em atraso. Pelo estado houve redução no quadro de funcionários e em alguns casos atraso de salários e redução nos atendimentos. Caxias do Sul mantém os atendimentos, mas os hospitais recebem apoio da prefeitura e, ainda assim, acumulam prejuízos financeiros.  A Federação tem um encontro previsto para o dia 14 de março com deputados da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas e Hospitais Filantrópicos e no dia 16, a Confederação tem encontro com o Ministério da Saúde para tratar de uma linha especial de financiamentos e da atualização da tabela SUS.