A notícia do surto de febre amarela que acomete o estado de Minas Gerais provocou uma corrida aos postos de saúde de todas as cidades do país. Até agora, foram registrados 272 casos suspeitos de febre amarela em 38 municípios do Nordeste de Minas Gerais, segundo o Ministério da Saúde. São 71 mortes suspeitas, 25 já confirmadas. Com medo de propagação da doença, muitas pessoas buscaram se prevenir, como é o caso de Caxias do Sul. Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica do município, Juliana Calloni, as vacinas são aplicadas nos postos de saúde uma vez por semana, sempre às quartas-feiras e, somente na semana passada, foram aplicadas 541 doses. De acordo com Juliana, o Ministério da Saúde está priorizando o abastecimento nos municípios de Minas Gerais, onde acontece o surto da doença, mas, segundo ela, Caxias não tem problemas de abastecimento de doses da vacina. Juliana afirma ainda que os municípios fora da área de risco receberão as vacinas, mas nada além do que já estavam recebendo. A coordenadora de Vigilância Epídemiológica explica que, apesar de Caxias do Sul nunca ter registrado casos da doença, a vacina contra a febre amarela está disponível para toda a população, mas principalmente para quem pretende viajar para as áreas de risco.

Juliana esclarece que todos os casos de febre amarela registrados e investigados até o momento são de áreas selvagens, ou seja, em nenhum caso chegou-se à conclusão de que a pessoa contraiu a doença em áreas urbanas. Por medo e desinformação, muitas pessoas no Rio Grande do Sul estão agredindo e matando os bugios, mas, segundo Juliana, estes animais não são transmissores da doença, apenas um dos seres vivos afetados por ela.

É realizada uma dose única da vacina, com reforço a cada dez anos. A coordenadora de Vigilância Epidemiológica orienta as pessoas para que, caso viajem para áreas de risco, ou que sintam os sintomas como febre, dor de cabeça e mal-estar, que procurem imediatamente um posto de saúde. (ouça o áudio da matéria)