A Secretaria da Saúde - Núcleo de Atenção à Saúde da Mulher de Caxias do Sul, promoveu na tarde desta segunda-feira, 20, uma capacitação destinada a Agentes Comunitários de Saúde para mapeamento de mulheres que não fizeram exames preventivos ao câncer de mama e colo do útero recentemente. Outros três encontros serão realizados.

Durante as visitas domiciliares de rotina às famílias, os Agentes Comunitários de Saúde investigarão a existência de mulheres que nunca fizeram mamografias e/ou exame preventivo do câncer de colo uterino há mais de um ano ou que nunca os tenham feitos, encaminhando-as às Unidades Básicas de Saúde de referência para agendamento.

Em Caxias do Sul, segundo dados do Programa Vigimama, houve uma queda de 7,7% nas taxas de mortalidade devido ao câncer de mama na rede SUS (comparativo 2013-2014). Em 2014, 58 mulheres perderam a vida devido ao câncer de mama, sendo 24 usuárias do SUS e 34 na rede privada.

Atualmente, o Vigimama conta com 902 casos suspeitos cadastrados desde 2007. Destes, 280 (31%) foram confirmados como câncer de mama, tendo sido registradas 51 mortes. Em relação ao total de óbitos ocorridos em Caxias do Sul, 12 (23,5%) ocorreram entre mulheres com menos de 50 anos. Das pacientes confirmadas com esse tipo de câncer e acompanhadas pelo Vigimama, 170 (60,7%) tinham mais de 50 anos e 110 (39,3%) menos de 50 anos, o que reforça a recomendação do programa de realizar mamografias a partir dos 40 anos e não dos 50 anos, como proposto pelo Ministério da Saúde.

Quanto ao diagnóstico precoce e tendência à preservação da mama, contata-se uma diminuição do número de mastectomias realizadas em 2008, quando o Programa Vigimama tinha um ano de implantação, em relação a 2014, ou seja, de 28 para 13 mastectomias (redução de 48%). No mesmo período, houve um aumento proporcional de cirurgias com preservação da mama acometida, mostrando que os casos têm sido diagnosticados mais precocemente no SUS de Caxias do Sul. Importante lembrar que a preservação da mama reduz o sofrimento emocional da mulher, que não vê a sua feminilidade mutilada em decorrência do tratamento da doença.