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Horário de verão interfere no metabolismo

por Andressa Boeira
Foto: Renato Araújo/ABr/Divulgação

O relógio será adiantado em uma hora, à meia-noite de hoje. O principal objetivo é a economia de energia elétrica nos horários de pico. No entanto, o horário de verão traz mudanças no metabolismo humano, alterações no sono e no humor, e aumenta os riscos de infarto. 

Segundo o endocrinologista Flávio Cadegiani (Clínica Corpometria), os ritmos do nosso organismo estão sincronizados com o sono e a temperatura do ambiente, o chamado relógio biológico. “A mudança de horário pode gerar a desordem temporal interna, causando sintomas como sono em excesso ou dificuldades para dormir, queda na produtividade, alterações de humor e também de hábitos alimentares”, explica o especialista, apontando que a desordem pode durar dias ou até semanas. 

Com efeitos semelhantes aos de uma viagem de avião com diferença de fuso horário, essa mudança na rotina pode alterar a produção da melatonina, hormônio que regula o sono. “O fato de dormir meia  hora a menos, que é a média da privação nos dias seguintes à mudança imposta pelo horário de verão, associado à maior exposição à luz, repercute na liberação de melatonina, que é tipicamente produzida à noite. Em reação a isso, há alteração no perfil de liberação do hormônio do estresse, o cortisol, e por isso o humor também é afetado nos primeiros dias do horário de verão”, comenta Cadegiani.

Em condições normais, os diversos ritmos do organismo estão sincronizados entre si e também aos ambientes de claridade e escuridão que se sucedem ao longo do dia. Com o adiantamento dos relógios em uma hora, as pessoas dormem antes do habitual e acordam uma hora mais cedo. Idosos e  crianças são os que mais sofrem com essa mudança.

A maior privação do sono também altera a atividade do sistema nervoso e do metabolismo. Em função disso, na primeira semana do horário de verão existe maior chance de sofrer infarto (problema no coração), segundo pesquisa publicada no New England Journal of Medicine.  

Para evitar a sonolência e o mau humor, na primeira semana do horário de verão, Cadegiani recomenda dormir pelo menos dez minutos mais cedo a cada dia, durante dez dias. “A adaptação lenta e gradual segue o mesmo ritmo do relógio biológico, sem causar reações no organismo”, afirma o endocrinologista, lembrando que nesta fase deve-se evitar fazer exercícios três horas antes de dormir, assim como ingerir cafeína e comida pesada.

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