Depois da polêmica fraude na produção de leite, a extração irregular de palmito também está na mira do Ministério Público, que deflagrou nessa semana a Operação Ju$$ara. Um dos efeitos imediatos de mais uma fraude é o surgimento de mais dúvidas sobre a procedência dos alimentos que consumimos diariamente.

Em Caxias do Sul, o trabalho de fiscalização aos supermercados e restaurantes fica sob a responsabilidade de sete fiscais da Vigilância Sanitária. Um deles é Glediston Perottoni, que relata serem comuns às pequenas irregularidades em estabelecimentos no setor da alimentação. De acordo com fiscal, um dos problemas mais recorrente é a validade de produtos como carnes e congelados. (Acompanhe em áudio)

Perottoni explica que os alvarás de saúde dos restaurantes são emitidos somente após a vistoria anual da vigilância sanitária. De acordo com o fiscal, entre os critérios observados estão à validade, a procedência e a manipulação dos alimentos.

A estrutura da Vigilância Sanitária, no entanto, não favorece o trabalho de fiscalização. Com uma equipe de 19 fiscais, sendo que apenas sete atuam no setor da alimentação, Perottoni relata que o órgão precisa priorizar denúncias e renovação de alvarás.