UCS pretende realizar 50 exames por dia para detectar Covid-19 em Caxias do Sul
Baixar ÁudioNão há data prevista para início do trabalho. Em entrevista á Tua Rádio São Francisco, o professor pesquisador da área de biotecnologia explicou como será a atuação para auxiliar no combate a doença
A Universidade de Caxias do Sul (UCS) anunciou, nesta terça-feira (07/04), que vai começar a trabalhar no diagnóstico do novo coronavírus (Covid-19) na cidade. Os exames serão realizados pelo Centro de Doenças Infecciosas do Instituto de Biotecnologia da UCS. Inicialmente, a instituição pretende fazer 50 exames por dia, com resultados disponíveis até 48 horas após a coleta.
Em entrevista à Tua Rádio São Francisco, o professor pesquisador da equipe, André Felipe Streck, explicou como será efetuada a avaliação. O teste, chamado de PCR, consta na coleta do material genético do paciente para análise. Com essa amostra, será amplificado o RNA da Covid-19 para visualizar se a pessoa contraiu o vírus ou não. Segundo ele, o trabalhão será direcionado para quem já está com a doença. “A UCS está se programando para atuar em várias frentes, trabalho na que é chamada de teste por PCR, ou seja, teste molecular. Este é usado principalmente para pessoas que estão com a doença. Por exemplo, estamos com o paciente internado e queremos o diagnostico confirmatório para saber se é Covid-19 ou não. Isso será usado para fazer uma diferenciação, saber se poderia ser Influenza (vírus gripal) ou outra doença do trato respiratório. De pois disso, partimos para o teste direto.”
De acordo com Streck, a ideia inicial desse trabalho é servir como apoio aos profissionais da saúde, tanto da área pública como privada, para que preparem a região da Serra Gaúcha para o pico do novo coronavírus, previsto para maio no Rio Grande do Sul. Quanto ao início das atividades, não há uma data prevista. “Estamos vendo sobre isso, ainda não posso precisar que dia o serviço pode entrar em funcionamento. Atualmente, estamos fazendo treinamento e montagem da equipe, ajustes no laboratório e a aquisição dos insumos.”
Ele ainda explica a diferença entre os testes por PCR e os exames rápidos, que serão disponibilizados pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para Caxias do Sul durante esta semana. Conforme o professor, os testes rápidos são usados para visualizar os anticorpos do paciente a fim de detectar se houve a criação de proteção contra a doença. "Ele é usado para fazer um registro histórico do paciente, se ele já teve a Covid-19 no passado ou não. É um teste posterior, digamos assim. Em grande escala, ele pode detectar se a população de Caxias do Sul está protegida do novo coronavírus ou não, pois vai verificar quantos anticorpos as pessoas produziram para imunização da doença.”.
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