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Regras para a cremação gera debate em meio à comunidade católica

por Camila Agostini

Vaticano publica instrução que destaca a proibição da conservação das cinzas do morto em casa

Foto: Reprodução / Internet

Divulgadas pelo Vaticano na quarta-feira, 26, as regras para a cremação de católicos  incluem a proibição da conservação das cinzas do morto em casa. A determinação gera debates em meio à comunidade católica. As normas estão presentes em uma instrução da Congregação para a Doutrina da Fé aprovada pelo papa Francisco. De acordo com o documento, se for escolhida a cremação, as "cinzas do defunto devem ser mantidas em um lugar sacro, ou seja, nos cemitérios, e a conservação das cinzas no ambiente doméstico não é permitida".

Em entrevista à RedeSul de Rádio, o Bispo Auxiliar de Porto Alegre, Dom Leomar Brustolin, diz que não se trata de nenhuma novidade. A inovação remonta a 1963, quando a Igreja católica passou a permitir a cremação, destaca Dom Leomar. “O que contraria a tradição é a perda das referências do morto, por exemplo, espalhar as cinzas em locais públicos. Túmulos são referências, não só para os católicos”, diz o Bispo. (Acompanhe, em áudio)

O Vaticano abre exceção apenas para casos envolvendo circunstâncias graves e excepcionais, dependendo das condições culturais de caráter local. Outro hábito comum, o de espalhar as cinzas no mar ou em qualquer outro tipo de ambiente, também foi vetado pela Congregação para a Doutrina da Fé. “São práticas que contrariam a tradição católica. Quem é cristão deve respeitar as práticas referenciais. Isso não é simplesmente uma norma. Tem sentido. Quem está desconfortável com essa notícia deve se aprofundar mais, ler a instrução e rever o sentido da fé cristã”, complementa Dom Leomar.

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