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Papa Francisco reforça o direito à existência da natureza e da pessoa humana

por Tales Giovani Armiliato

Discurso ocorreu na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Papa durante seu pronunciamento à Assembleia Geral das Nações Unidas.
Foto: AP

Depois do histórico pronunciamento no Congresso dos Estados Unidos, em Washington, nesta sexta-feira, dia 25, o Papa Francisco cumpriu mais uma etapa da sua viagem apostólica ao discursar na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. Diante de mais de 170 chefes de Estado e de governo, do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, o Pontífice definiu a sua visita como uma continuação daquelas realizadas por seus predecessores: Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI.

Francisco reconheceu o esforço das Nações Unidas em dar uma resposta jurídica e política às complexas situações mundiais. O Pontífice falou ainda dos órgãos com capacidade executiva real, como o Conselho de Segurança e Organismos Financeiros Internacionais. Estes, todavia, devem velar pelo desenvolvimento sustentável dos países, e não sufocá-los com sistemas de crédito que levam as populações a maior pobreza, exclusão e dependência.

Todo o pronunciamento de Francisco foi inspirado nas reflexões propostas em sua Encíclica Laudato Si. O Papa reforçou dois direitos: o direito à existência da natureza e os direitos da pessoa humana. “Qualquer dano ao meio ambiente é um dano à humanidade. (...) O abuso e a destruição do meio ambiente aparecem associados com um processo ininterrupto de exclusão", completou Francisco.

Conflitos

O Papa Francisco condenou a proliferação das armas, especialmente as de destruição em massa e as armas nucleares, por contradizer o princípio pacificador da ONU. A corrida armamentista levaria a instituição a se chamar “Nações Unidas pelo medo e a desconfiança”. “É preciso trabalhar por um mundo sem armas nucleares, aplicando plenamente, na letra e no espírito, o Tratado de Não-Proliferação para se chegar a uma proibição total destes instrumentos.”

O Pontífice também renovou seu apelo por uma solução pacífica dos conflitos, principalmente em Ucrânia, Síria, Iraque, Líbia, Sudão do Sul e na região dos Grandes Lagos. “Antes dos interesses de parte, existem rostos concretos. Nas guerras e conflitos, existem pessoas, nossos irmãos e irmãs, que choram, sofrem e morrem. Seres humanos que se tornam material de descarte, enquanto nada mais se faz senão enumerar problemas, estratégias e discussões.”

Fonte: Rádio Vaticano

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