Católicos defendem o Ensino Religioso nas escolas
O Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é favorável à permanência do Ensino Religioso nas escolas.
Foto: Divulgação/cnbb sul 3
A disciplina do ensino religioso está cada vez mais esquecida e excluída das reformas educacionais atuais, "Num tempo onde o mercado e o pragmatismo determinam a formação dos cidadãos, não há lugar para as áreas relacionadas às Humanidade", argumenta, Dom Leomar Brustolin, bispo auxiliar de Porto Alegre e referencial para a Educação e Cultura do Regional Sul 3.
Brustolin defende que o Ensino Religioso Escolar deve garantir uma educação integral e cidadã. “A integralidade supõe incluir as ciências humanas na formação da pessoa. Nesse sentido, o componente do Ensino Religioso é determinante para desenvolver atitudes que implicam na paz da sociedade. São elas: o diálogo, o respeito, a tolerância e a reverência religiosa”, explica.
O bispo ressalta ainda, que não se trata de doutrinar os estudantes sobre uma confissão religiosa, mas de educar para a convivência pacífica no que diz respeito à religiosidade. “Basta observar as graves crises de terrorismo, discriminação e fundamentalismos que estão abalando o século 21. A geração técnico-científica decidiu prescindir da dimensão religiosa e está pagando muito caro para conseguir a harmonia”, afirma, observando que a religião trabalha o aspecto do simbólico e do sentido da existência humana. “Seria um grave reducionismo negar essa dimensão na formação cidadã”, completa.
Diante da exclusão da disciplina o Ensino Religioso da BNCC, o Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso (Fonaper) está se mobilizando. Na última semana o Fonaper lançou um manifesto (https://goo.gl/QgwGPW) e um abaixo assinado (https://goo.gl/6YF883) com o objetivo de sensibilizar o Ministério da Educação (MEC) sobre o assunto.
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