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Programa Razões da Fé aborda a piedade popular

por José Theodoro

Junho é o mês onde mais se percebe a religiosidade e a devoção aos santos populares da igreja

As festas caipiras são manifestações de fé e devoção à São João Batista.
Foto: Divulgação

O Programa Razões da Fé deste domingo fala sobre a piedade popular, que passa pela espiritualidade. A igreja reconhece como uma das riquezas do seu povo e um tesouro precioso. É a maneira de o povo viver sua fé, seguindo tradições espirituais que vêm de séculos. Foram convidados para fazer essa reflexão,  a irmã Salete Verônica Dalmago, mestre em Sociologia e professora da Escola Superior de Espiritualidade e teologia Franciscana (ESTEF), padre Luciano Massullo, pároco da paróquia São Pedro em Porto Alegre e mestre em Teologia e  frei Carlos Rochembach, pároco da Imaculada Conceição em Caxias do Sul e mestre em Liturgia e Teologia do Sacramento.

O programa vai ao ar às 22h na RedeSul de rádio, São Francisco de Caxias do Sul, Fátima de Vacaria, Cacique de Lagoa Vermelha, Alvorada de Marau, Veranense de Veranópolis, Garibaldi de Garibaldi, Maristela de Torres, Sarandi de Sarandi, Cristal de Soledade, Rosário de Serafina Corrêa, Aurora de Guaporé e Cultura de Campos Novos.

Texto para reflexão

A religiosidade da piedade popular é uma escola de fé, conduz o fiel à vida de Cristo, dos santos e às práticas de piedade. Estimula a vida cristã, mas tem um risco: desliga a fé da vida. A devoção, se não compromete a vida com o sentido do evangelho, torna-se frágil. Esse é um dos perigos da religiosidade popular. Por isso, a Igreja insiste na evangelização da religiosidade popular. É boa, mas precisa aprofundar os conteúdos e comprometer a vida. No momento atual há uma volta à devoção aos santos, mas, infelizmente, na busca dos milagres e não na procura de viver a vida cristã. Os santos são intercessores, modelos e estímulos a viver o evangelho.

A piedade popular tem um elemento muito importante para a compreensão a fé: Tira a fé do puro racionalismo onde damos valor só ao conhecimento da doutrina e nos orienta a infundir os ensinamentos no coração. Se por um lado não é boa uma devoção que não compromete a vida, por outro, a pura doutrina sem vida e sentimento, não edifica. Ao venerarmos os santos e participarmos dos mistérios da vida de Cristo em sua visão mais sensível, precisamos buscar confrontar nossa vida com eles e tomar decisões de conversão. Aí sim, a piedade popular enriquece a Igreja. Louvamos a Deus pelo povo que manteve sua fé, mesmo sem a presença da Igreja. A Igreja é chamada a conhecer a alma do povo e assim dispensar os mistérios sagrados e os ensinamentos da fé de modo compreensível.

 

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