A Sexta-feira Santa é uma das principais datas do calendário cristão, considerada também feriado nacional. Em entrevista no programa Conectado desta sexta, 19/04, o professor de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e frade Capuchinho, Luis Carlos Susin, explicou a profundidade desta data a partir de um resgate histórico das celebrações, não apenas da Sexta-feira Santa, mas do Tríduo Pascal, que inicia na Quinta-feira Santa e encerra no Domingo de Páscoa.

De acordo com o frei Susin, a definição da data ocorre a partir do calendário lunar que foi criado no oriente médio, há mais de 3 mil anos. Ele também explicou o significado inicial da Páscoa para os povos antigos, que celebravam o final do inverno e o início da primavera. Para os judeus, o religioso explicou que a Páscoa assumiu outra representação: a libertação dos hebreus da escravidão do Egito.

Segundo Susin, para os cristãos atuais a Páscoa simboliza o dom da vida, quando Jesus ressuscita e vence a morte. “Nós realmente celebramos a Páscoa centrada na vigília pascal e na manhã da ressurreição”, afirma.

Durante a entrevista, o frei também comentou como a sociedade de hoje vive o tempo pascal. Ele destacou que a data assumiu outros significados influenciados pelo sistema capitalista. “A gente tem uma vida mais ‘desimbolizada’, uma vida sem ritual, sem uma linguagem simbólica que tenha também pontos sagrados como colunas fortes que sustentam o edifício da vida”, salientou. Para ouvir a entrevista completa clique no link abaixo da foto.