Bispos refletem sobre tema central da 54ª Assembleia Geral
Na ocasião, foram expostas a redação, estrutura e repercussão do texto nos regionais e diversos ambientes eclesiais no País
O tema central da 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Sal da terra e luz do mundo”, foi apresentado aos bispos reunidos em Aparecida (SP), nesta quinta-feira, 7. Trata-se da versão ampliada do Estudo 107 da CNBB, que foi tema prioritário da Assembleia ocorrida em 2015 e que, após contribuições, retorna à discussão do episcopado, podendo tornar-se, caso aprovado, documento da Conferência.
Na ocasião, foram expostas a redação, estrutura e repercussão do texto nos regionais e diversos ambientes eclesiais no País.
O bispo de Caçador (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, dom Severino Clasen, abordou o caminho histórico de redação do material. Dom Severino mencionou que “o fruto das reflexões e estudos dos bispos referenciais estimulou o debate sobre o laicato e que por ocasião do aniversário do Vaticano II, ganhou mais força ainda”.
As mudanças no cenário sociorreligioso e momento atual no Brasil são temas das análises de conjuntura durante a Assembleia. Em entrevista coletiva à imprensa, dom Joaquim Mol destaca respeito às diferenças religiosas e repúdio à corrupção no Brasil.
Dom Mol mostrou dados da pesquisa “Mudanças no cenário sociorreligioso no Brasil”. Segundo o bispo, foi constatado que não houve uma mudança substantiva da realidade do cenário sociorreligioso no Brasil. “A Igreja Católica continua com 64,5,% das pessoas que professam e que se dizem católicas no Brasil. Os demais percentuais estão distribuídos em vários grupos, sendo que há um destaque maior para o protestantismo pentecostal, com 18%”, explicou.
Apesar do Brasil ter maioria católica, dom Mol chamou a atenção para o número de pessoas que se consideram sem religião, 8,9%. “É importante destacar que, daqueles 8,9% dos que se consideram sem religião, as razões são várias, tais como: possuem religiosidade própria sem vínculo com instituição, não possuem crenças religiosas, não frenquentam igrejas e, dentre esses, 0,5% diz que não acredita em Deus”, acrescentou.
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