Estado Islâmico destrói antigo mosteiro
Local de 1.400 anos de história era centro de peregrinação
Um dos últimos atos terroristas do autoproclamado Estado Islâmico (EI) foi a destruição do mosteiro de Santo Elias, em Mossul, no Iraque. O mais antigo mosteiro cristão do país foi reduzido a um monte de escombros, após ataque, possivelmente com escavadeiras e explosivos, por militantes do EI. Por estar numa área controlada pelos extremistas, de acesso restrito e difícil, a notícia de sua demolição só foi possível após imagens de satélite do local.
Construído todo em pedra há mais de 1.400 anos, o local serviu de culto a numerosas gerações de monges e foi, inclusive, centro de peregrinação de cristãos da região e até das forças de ocupação norte-americanas que utilizaram o mosteiro para celebrações. Padre Paul Thabit Habib, disse a agência AP, que primeiro divulgou a notícia da destruição, que o mosteiro atraia cristãos e muçulmanos, viajantes, poetas e historiadores.
O mosteiro de Santo Elias, ou Deir Mar Elia, construído por monges assírios no século VI, mais tarde passou aos domínios da Igreja Católica Caldeia. Em 1743, seus monges receberam um ultimato das forças persas para se converterem ao Islã. Eles se recusaram e pelo menos 150 foram martirizados. As letras gregas “chi” e “rho”, entalhadas em pedra, que representam as duas primeiras letras do nome de Cristo, decoravam a entrada do mosteiro.
Militantes do grupo extremista EI consideram mosteiros e igrejas, mesmo que sejam sítios arqueológicos e históricos, como locais heréticos e já destruíram diversos mosteiros e igrejas, além de conhecidas locações pré-islâmicas, como Nimrud. Hatra e Nínive, no Iraque; e Palmira, na Síria.
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