Deputado federal do PMDB, o gaúcho Osmar Terra, é um dos escolhidos pelo presidente em exercício Michel Temer para integrar a equipe ministerial do novo governo. Ao assumir a pasta do Desenvolvimento Social e Agrário, Terra passou a conduzir programas como o Bolsa Família e de financiamentos à agricultura familiar.

Neste momento inicial da nova gestão federal, o médico gaúcho que foi Secretário Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, dedica-se a mapear os trabalhos inerentes à função que lhe compete agora, como ministro.

Em entrevista à RedeSul de Rádio, ele criticou a política econômica do governo Dilma e disse que o maior programa social que pode se instalar no Brasil é o país “retomar a credibilidade, o crescimento econômico e a capacidade de investimentos”. O ministro reafirmou que nenhum programa de transferência de renda será extinto, mas anunciou que uma operação “pente-fino” está prevista com o objetivo de apontar quaisquer indícios de irregularidades nos quadros de beneficiários.

Terra lembra que atualmente, cerca de 15 milhões de famílias recebem o benefício do Bolsa Família. Em meio a este contexto, afirma o ministro, com base em um levantamento preliminar do Ministério Público, há um indicativo de que cerca de R$ 2 bilhões do Bolsa Família são destinados a quem não precisa. “Na verdade, queremos que diminua a necessidade do Bolsa Família pelo aumento de renda das famílias beneficiadas. Então vamos estimular a porta de saídas dessas famílias do programa. As famílias que tiverem renda, que estiverem em condições melhores devem sair do programa.

Também as fraudes devem ser fiscalizadas, até para que o recurso público seja investido para quem, realmente, precisa de ajuda”, disse Osmar Terra que destacou ainda, levantamento do IBGE, segundo o qual, 2% das famílias brasileiras estão na pobreza extrema, mas não recebem o Bolsa Família.