O Parlamento Municipal rejeitou a proposta de criação de uma comissão temporária para debater e elaborar estudos sobre o serviço de moto-táxi em Caxias do Sul. Assinado pelo vereador Renato Nunes/PRB, o requerimento foi derrubado pela maioria dos parlamentares (11x7), na plenária desta quinta-feira, 25. 

Na proposição (43/2015), que será arquivada, o republicano explicava que o serviço de moto-táxi já existe em centenas de municípios do Brasil, como em Novo Hamburgo/RS e Pelotas/RS. Pensar sobre a temática em Caxias do Sul numa comissão parlamentar era a ideia de Nunes. O republicano informa que a atividade profissional em transporte de passageiros e mercadorias com motocicleta é disciplinada pela Lei Federal 12.009/2009. Entretanto, o vereador comenta que Caxias do Sul somente regulamentou o serviço de transporte de mercadorias por motocicleta, deixando de fora o serviço de transporte de passageiros.

Em plenário, o republicano afirmou que a mobilidade precisa ser debatida e, nesse assunto, entraria o serviço de moto-táxi. O vereador Daniel Guerra/PRB se solidarizou com o colega de bancada e disse que, diante dos transtornos causados pelas atuais obras de trânsito do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM Caxias), o serviço de moto-táxi poderia auxiliar a população.

Com uma comissão parlamentar, Nunes acredita que seria possível ouvir a comunidade e os segmentos envolvidos, como motoboys e motoqueiros, sobre a viabilidade do transporte de passageiros em motos. Por isso, lamentou o fato de os vereadores não terem aceitado sua proposta. O republicano também criticou o presidente da Câmara, Flavio Cassina, por ele ter se manifestado à imprensa em contrariedade à criação da referida comissão.

Na ótica do parlamentar Pedro Incerti/PDT, moto-táxi é um assunto que deve ser discutido na Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação (CDUTH) da Câmara.