A sessão representativa da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul foi marcada pelas pautas sobre a saúde e a educação do município. A falta de atendimento nas unidades públicas de saúde foi umas das primeiras reclamações realizadas pelos parlamentares durante o Pequeno Expediente de terça-feira (25/01). O vereador Maurício Marcon (PODEMOS) falou sobre as dificuldades de contato com as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) para tirar dúvidas a respeito dos serviços das UBSs.

Segundo ele, foram recebidas diversas reclamações neste sentido. Ele exemplifica de que um pai tentou contato com uma unidade, a fim de saber sobre as vacinas que o filho de dois meses deveria fazer, mas não teve a ligação atendida. Isto faria com que os postos de saúde ficassem cheios, uma vez que sem respostas, as pessoas se dirigiriam ao espaço físico. O vereador diz que entende a demanda represada na área, mas que a secretaria poderia contratar alguma pessoa para atender essas chamadas nas unidades ou criar uma central no Whatsapp, para esclarecer as dúvidas da população.

O vereador Lucas Caregnato (PT) fez críticas ao governo federal. Segundo ele, o repasse de verbas da federação ao Município à área da saúde seria o menor desde 2012, o que pode afetar o serviço municipal. O parlamentar ainda falou sobre o descaso nos atendimentos. Ele relata que recebeu o e-mail de uma professora, o qual relatava que a mãe dela tinha uma cirurgia da catarata marcada para janeiro do ano passado e a paciente necessitava de um eletrocardiograma para passar pelo procedimento. Só neste mês, um ano depois, ela teria realizado o exame. Segundo Caregnato, a lesão nos olhos piorou no período e ela teria ficado cega.

A educação foi um tema apresentado pelo vereador Zé Dambrós (PSDB). Ele falou que há uma lentidão na obra de cobertura da Escola Municipal Tancredo Neves. Dambrós citou os bairros que a escola atende e a necessidade da melhoria que, segundo ele, se arrasta desde 2017, mesmo tendo recursos de emenda do então deputado federal Pepe Vargas (PT). Ele diz que a comunidade escolar fará um protesto se não houver respostas da administração sobre o tema.