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Valor para novas obras no Ecoparque, em Caxias, é questionado na Câmara de Vereadores

por Isadora Helena Martins

Está prevista a destinação de mais de R$ 200 mil para construção de um tanque batismal e do espaço multiuso. A obra foi encomendada pelo Samae

Foto: Divulgação / Luiz Cezar Vacchi

O Ecoparque de Caxias do Sul, agora denominado Parque das Araucárias, segue sem previsão para ser entregue à comunidade. Mas, não foi por este motivo que o assunto virou polêmica na Câmara de Vereadores, na sessão desta quarta-feira (25).

O vereador Elói Frizzo (PSB) usou a tribuna para questionar o valor de R$ 282.474, 74, que será utilizado para a construção do tanque batismal no parque. O valor foi divulgado no Diário Oficial do Município nesta terça-feira (24) e corresponde à contratação da empresa T4 Edificações LTDA, por parte do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). “Originariamente a pia batismal era um pequeno tanque. E aí, essa ideia original se transformou em um custo de mais de R$ 280 mil. E todos diziam que essa obra [do parque] estava pronta, que era só inaugurar. Agora descubriram uma nova obra pra fazer, a tal da pia batismal que vai levar isso até, dezembro, janeiro, fevereiro; um momento mais propício quando o prefeito não esteja viajando”.  

Contatado explicar a destinação do valor, o Diretor da Divisão de Planejamento Integrado do Samae, Jerson Panarotto, afirmou que a quatia de cerca de R$ 282 mil se destina à construção do tanque batismal, mas também, de um espaço multiuso. “O espaço multiuso trata-se de um pavilhão aberto, em que haverá um espaço pra banheiros e vestiários masculino e feminino. Também, um pequeno tablado para fins de apresentações culturais. Mas, vai ser anexo a esse pavilhão o tanque batismal, então, o espaço poderá ser utilizado para cerimônias religiosas também”.  

Panarotto também disse que a alteração do projeto original quanto ao espaço destinado para batismos ocorreu por questões de segurança. “O projeto original previa a construção do batistério que se resumia na construção de rampas para ter acesso ao lago. Se optou por fazer uma adequação: em vez de fazer o acesso ao lago, onde teria menos condições de segurança, fizemos um projeto com esse tanque ao lado do espaço multiuso”, disse.

Outro ponto questionado pelo vereador Frizzo foi a construção dos banheiros, que não estavam previstos no projeto original. Segundo o parlamentar a contrução dos espaços foi feita em Área de Preservação Permanente (APP), o que seria proibido por lei. “Mudaram o projeto, não respeitaram a legislação e construíram os banheiros em área de APP. E a partir do momento que denunciamos na Casa virou uma polvorosa lá no Samae, um colocando a culpa no outro. E passou o processo administrativo aonde, de forma categórica, os setores técnicos do Samae manifestaram que os banheiros não poderiam ter sido construídos”.

Porém, o Diretor do Samae também afirmou à reportagem, que após auditoria interna ficou constatado que a àrea onde estão os banheiros não se trata de uma APP. “Existiu uma discussão interna, técnica e jurídica, e se entendeu que o espaço onde foi construído os banheiros não ficaria dentro da APP”, salientou.

O Parque das Araucárias está sendo construído junto à represa São Pedro, no complexo de barragens Dal Bó, no bairro Nossa Senhora do Rosário. As obras iniciaram no final de 2016, mas seguem sem previsão de término.

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