A cassação do mandato do prefeito Daniel Guerra (Republicanos) dividiu opiniões e o posicionamento dos parlamentares, mesmo com voto da maioria pelo impeachment. Foram 18 votos favoráveis ao afastamento do chefe do Executivo e quatro votos contra. Dessa forma se concretizou a previsão da oposição que contava com mais de dois terços dos votos para aprovar o impeachment.

Além dos dois votos contrários que já estavam garantidos pelos vereadores da situação Elisandro Fiuza (Republicanos) e Renato Nunes (PR), dois vereadores da oposição optaram por votar contra a cassação do mandato do prefeito Daniel Guerra, um deles foi a vereadora Denise Pessôa (PT): “Eu votei contrário primeiro porque não existe um crime de responsabilidade, segundo porque nosso compromisso com a democracia é maior e a gente respeita a soberania do voto popular”.

Vereador Renato Oliveira (PCdoB), que também era uma das maiores dúvidas e que sempre foi um crítico do governo Guerra, votou pela manutenção do mandato do prefeito que agora está afastado: “Nós votamos pela democracia. Então, acredito que um administrador ruim se tira no voto, um legislador ruim se tira no voto. E nós não encontramos irregularidade nenhuma para tirar o prefeito da forma como foi feita”.

Do lado favorável ao impeachment do prefeito Daniel Guerra, desde o início um dos vereadores que mais fez campanha foi o Rafael Bueno (PDT): “Três anos de muita denúncia na tribuna da Câmara com dados oficiais e hoje culminou com um momento atípico para a nossa cidade, que foi a cassação do mandato do prefeito Daniel Guerra. Esperamos que nos próximos dias o próximo prefeito tenha a serenidade de conversar com todas as entidades e com a população de Caxias para devolver a cidade para quem confiou no Guerra”.

O vereador Edio Elói Frizzo (PSB) também foi um dos grandes defensores da cassação de Guerra: “É uma vitória da democracia, vitória da mobilização popular das entidades que foram judiadas durante esses três anos. Vitória daqueles que não acreditavam mais que esse governo tinha uma saída”.

Assim, com grande parte do plenário a favor do afastamento, o prefeito Daniel Guerra foi destituído do cargo.

A reportagem tentou contato com os vereadores Elisandro Fiuza, Renato Nunes, com a defesa e com o prefeito afastado, mas ninguém quis se pronunciar. A única declaração é uma postagem que Daniel Guerra fez em suas redes sociais alguns instantes após o resultado do julgamento que diz: “Hoje se materializou o maior ataque à democracia. Buscaremos o que é de direito da população nos diversos remédios judiciais”.

Ouça a matéria no link acima da foto

Confira como votou cada vereador:

1 – Elói Frizzo (PSB)- Sim

2 – Alceu Tomé (PTB)- Sim

3 – Alberto Meneguzzi (PSB) - Sim

4 – Adiló Didomênico (PTB) - Sim

5 – Gustavo Toigo (PDT) - Sim

6 – Paulo Périco (MDB) - Sim

7 – Elisandro Fiuza (Republicanos) - Não

8 – Velocino Uez (PDT) - Sim

9 – Adriano Bressan (MDB) - Sim

10 – Ricado Daneluz (PDT) - Sim

11 – Paula Ioris (PSDB) – sim

12 – Rodrigo Beltrão (PT) - sim

13 – Felipe Gremelmaier (MDB) - sim

14 – Arlindo Bandeira (PP) - sim

15 – Kiko Girardi (PSD) – sim

16 – Renato Nunes (PR) – não

17 – Edson da Rosa (MDB) – sim

18 – Tatiane Frizzo (SD)  - sim

19 – Edi Carlos (PSB) - sim

20 – Denise Pessôa (PT) - não

21 -  Renato Oliveira (PCdoB) - não

22 - Rafael Bueno (PDT) – sim

23 – Flávio Cassina (PTB) – se absteve do voto