Vereadora Ana Corso condena a discriminação sexual
Parlamentar cobrou respeito aos que pensam e agem diferente
Foto: Vania Marta Espeiorin
A vereadora Ana Corso/PT defendeu que a próxima terça-feira, 28, quando ocorre o Dia Mundial do Orgulho Gay e da Consciência Homossexual, seja dedicada à reflexão sobre a discriminação sexual ainda muito presente em praticamente todos os países. Em pronunciamento na Câmara Municipal, na sessão desta terça-feira, 21, citou que gays, lésbicas, travestis e transexuais representam perto de 10% da população mundial, mas que em cerca de 80 países a homossexualidade é considerada crime passível de prisão e, até mesmo, de pena de morte.
Recordou que no Brasil, nos últimos 20 anos, mais de 2,5 mil homossexuais foram mortos em razão da intolerância. Só em 2015 ocorreram 314 mortes violentas, o que representa um crime a cada 22 horas.
Lembrou o recente episódio em que 49 pessoas foram mortas por um atirador no interior de uma boate gay, em Orlando, nos Estados Unidos.
A vereadora destacou que a luta dos gays começou em 28 de junho de 1969, quando um grupo reagiu e venceu a prepotência policial de Orlando, que toda a noite invadia seus espaços de lazer e os agredia. Nos anos seguintes, a data foi adotada por homossexuais de todo o mundo. No Brasil o movimento começou na Bahia em 1981 e, nos últimos anos, as paradas LGBT’s se espalharam pelo resto do país. Caxias do Sul está inserida à atividade desde o início dos anos 2000.
Lembrou que, em 1985, o Conselho Federal de Medicina definiu que o homossexualismo não é doença, o que foi seguido, nos anos seguintes, pela Organização Mundial da Saúde e pelo Conselho Federal de Psicologia.
A parlamentar petista pediu respeito à opinião de quem pensa e age diferente, lembrando que, de acordo com lei federal de 1997, é crime praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Ainda lembrou que, desde 2001, a Lei Orgânica do Município, em consonância com a Constituição Federal, deixa clara a questão do direito à orientação sexual.
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