A Câmara de Vereadores de Vacaria está criando uma CPI para investigar o pagamento de horas extras para funcionários públicos. Um dos primeiros órgãos a chamar a atenção para os honorários excessivos foi a Guarda Municipal.

Conforme denúncias apresentadas e constatadas em planilhas, o comando do órgão é o foco de irregularidades. O chefe da Guarda recebeu 60 horas extras em 2 meses. A esposa dele, que atua em um cargo criado por esta administração recebeu 56 horas no mesmo período. Já o inspetor de operações recebeu valores referentes a 87 horas extras, em dez dias. Além disso, a CPI deverá investigar denúncias de nepotismo, assédio moral, perseguições e improbidade administrativa, pelo fato de o coordenador do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) não ser ocupado por um guarda municipal.

Um dos defensores da CPI, vereador Fernando Maciel (PDT) destaca que é através deste tipo de investigação que se consegue um esclarecimento transparente dos fatos, com a adoção de medidas concretas que possam solucionar o problema.

O vereador, Joaquim Boeira de Vargas (PMDB) acredita que a instauração e a investigação por um CPI demora muito tempo, já que a comissão tem um prazo de até 90 dias para concluir os trabalhos. Para ele, é preciso uma solução mais rápida entre os dois poderes. Segundo o legislador, a Câmara deve também investigar horas extras pagas e não trabalhadas na administração passada.