A quantia gasta até o momento pela Câmara de Vereadores de Caxias do Sul atinge pelo menos R$ 77 mil se o cálculo levado em conta for apenas referente a remuneração dos cargos em comissão (CCs) nomeados na legislatura. O valor é atribuído por conta da abertura de três bancadas de partidos que passaram a ter representação no legislativo.

Desde 2013, dois vereadores trocaram de sigla em meio ao mandato e um ocupou a estrutura da Casa por pouco mais de um mês. Cada bancada tem o custo dos valores dos salários de dois assessores pelo menos. Nesse período, foram sete meses de novas bancadas em vigor.  As remunerações de dois assessores a que cada bancada tem direito somam R$ 11 mil. O montante ainda vai aumentar nos próximos dias, com a abertura da bancada do PR.

No ano passado, Kiko Girardi abriu a bancada do PSD assim que deixou o PT, em meados do mês de setembro. Em 2014, o suplente Cassiano Fontana (PRP), o Amarelinho, foi vereador por cerca de um mês ocasionando a abertura da bancada da sigla. Nos próximos dias, a Casa contará com a mais nova estrutura do PR, já que Renato Nunes deixou o PRB na última semana, surpreendendo o eleitorado.

As bancadas dão direito a um assessor político, que recebe R$ 7.556,17 bruto, e a um auxiliar de bancada, que conta com R$ 4.923,32 brutos mensais. Além da bancada, cada vereador tem direito a mais dois assessores e um estagiário de gabinete. Os dois são assessores políticos que recebem R$ 4.270,71. Um estagiário de quatro horas diárias custa R$ 538,00 por mês e de seis horas R$ 809,00.

O presidente da Casa confirma os dados apurados pela reportagem, mas pondera ao dizer que a estrutura do PSD, fechada recentemente, será reutilizada para o PR. Edi Carlos (PSB) afirma que não pode interferir nos gastos já que os vereadores têm direito de trocar de partido. (Acompanhe em áudio)

O cálculo não leva em conta a necessidade de novas salas, computadores e aparelho de televisão. Alguns equipamentos são reaproveitados dentro da Casa sem precisar adquirir novos.

Até 1º de abril há, ainda, expectativa a respeito do vereador Neri, O Carteiro (SD). Caso ele não decida ingressar em um partido que já possui bancada, haverá mais outra abertura. Segundo Neri, a decisão pode ocorrer até 1º de abril baseado nas mudanças da mini reforma. Passado esse prazo, vereador algum poderá trocar de partido sob pena de perder o mandato, como aconteceu com Kiko ao sair do partido em que concorreu fora de prazos legais.